A invasão à residência de Seu Domingos, pai do colega jornalista Helder Moura, do Sistema Correio de Comunicação, ocorrido a três dias da eleição, não pode passar em branco. Pelo menos nós, jornalistas, temos que nos posicionar sobre tal fato, até para que não venha a se repetir.Em nome do bom senso e da paz.
Seu Domingos é um senhor de 80 anos, aposentado, que deu – e continua dando – a sua enorme contribuição para o engrandecimento de sua terra e que merece descansar, curtir a vida, aproveitar os dias que lhe são garantidos por Deus para fazer aquilo que quis antes e que não fez, por falta de tempo ou outro motivo.
É por isso que, quando recebeu os supostos fiscais em casa, não titubeou em deixá-los entrar, mesmo sem obter a identificação dos mesmos ou sem ter acesso ao tal Mandado de Busca e Apreensão que os homens disseram ter em mãos, mas que não o deixaram ver. Afinal, ‘quem não deve, não teme’, não é mesmo?
Quem conhece Seu Domingos sabe de sua conduta. Deve ter seus candidatos de preferência, mas não os externa, pois, para ele, cada cidadão tem o livre arbítrio para escolher quem acredita ser o melhor para comandar os destinos do povo. O seu pecado foi ser pai de um jornalista comprometido com a verdade e que sempre usou seus espaços para colocar suas posições, firmes e decididas, acima de tudo, sem dever a ninguém.
Por isso, explica-se o fato de os tais fiscais terem perguntado logo, ao chegar à sua residência, se ele era o pai de Hélder Moura. Para Seu Domingos, um de seus grandes orgulhos. Para os tais fiscais, o motivo da perseguição. Que coisa mais absurda…
Aqui vai o meu repúdio pessoal – e em nome dos que acompanham meus comentários – a esse ato não apenas de intolerância, mas de covardia. Deixem Seu Domingos em paz. O bom senso e o respeito agradecem.