Por volta das 8h deste domingo (28), policiais militares, federais, civis e agentes das Forças Armadas começaram a ocupar o Conjunto de Favelas do Alemão. A entrada das equipes, com blindados, apoio de helicópteros e atiradores de elite, foi marcada por uma grande troca de tiros.
Segundo fontes da polícia, homens da Polícia Civil já estão numa localidade conhecida como Areal, no centro da favela. Antes de partir para a operação, eles se cumprimentam desejando boa sorte. O tiroteio no local começou por volta das 7h.
Nesta manhã, um homem e uma mulher foram detidos próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão e foram levados para o trailer de triagem na entrada da comunidade.
Por volta de 1h da manhã, tiros foram ouvidos na Estrada Itararé, próximo a um dos acessos à comunidade. Por motivo de segurança, os moradores que deixaram o Conjunto mais cedo foram impedidos pela polícia de voltar para casa.
Bombeiros
Um carro do Corpo de Bombeiros transportando macas e suprimentos deixou o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte, em direção ao Alemão. Mais cedo, o secretário estadual de Saúde do Rio, Sérgio Cortes, passou pelo Getúlio Vargas, onde fez uma visita de rotina.
Alemão tem um dos piores indicadores sociais
O bairro do Conjunto de Favelas do Alemão é dono de uma da piores médias do Índice de Desenvolvimento Social (IDS) da cidade. O índice, calculado pelo Instituto Pereira Passos (IPP), da prefeitura, mede o acesso a saneamento básico, a qualidade habitacional, o grau de escolaridade e a renda da população carioca.
Do total de 158 bairros do Rio, o Alemão ocupa a 149ª posição, com um IDS de 0,474. Quanto mais perto do número 1, melhor o índice. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado no ano 2000, 65.026 pessoas vivem nos 18.245 domicílios do complexo, que é formado por 14 favelas, de acordo com o IPP. Deste total, mais de 15% das residências não contam com rede de esgoto.
G1