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Polícia Civil conclui investigações sobre morte de finlandeses e acusados estão presos

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A Polícia Civil da Paraíba concluiu as investigações sobre a morte
dos finlandeses Pasi Kalervo Kaartinen, Riitta Marjatta Kaartinen e
Sirpa Helena Tiihonen. Os dois acusados já estão presos na Central de
Polícia de João Pessoa.

 

O mecânico Constantino Alexandre da Silva, 58 anos, apontado como o
mentor do assassinato, foi preso em São Paulo e transferido para João
Pessoa na noite dessa quinta-feira (15). O outro investigado, Francisco
das Chagas Vasconcelos Lima, foi preso poucos dias após o crime, na
Capital.

 

Os dois acusados prestaram novos depoimentos à polícia e negaram serem
os executores das vítimas, porém apresentaram uma nova versão sobre o
envolvimento deles no crime. Constantino afirmou que tinha planejado um
assalto aos finlandeses, juntamente com um comparsa identificado apenas
pelo nome de José Pereira, a quem atribuiu o assassinato.

 

Já Francisco Vasconcelos afirmou que, ao chegar, já encontrou as
vítimas assassinadas por Constantino, e que teria sido coagido a
ajudá-lo na ocultação de cadáveres. A polícia descartou a inclusão
de um terceiro envolvido no crime e acredita que os acusados, temendo a
condenação por homicídio, apresentaram a versão buscando uma pena
menor, uma vez que o crime de ocultação de cadáver prevê reclusão
de um a três anos.

 

Os acusados serão autuados pelo crime de homicídio duplamente
qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa, com
ocultação de cadáver. Se condenados, podem pegar mais de 30 anos de
reclusão. O inquérito policial será concluído logo após a
conclusão dos laudos periciais.

Em 12 dias, a Polícia Civil identificou as vítimas, desvendou o local
dos assassinatos, o carro em que os corpos foram transportados, a
existência de um moto fazendo a escolta, identificou a autoria do crime
e prendeu os dois acusados.

 

Segundo o delegado titular do Grupo de Operações Especiais (GOE) e
responsável pelas investigações, Rodolfo Santa Cruz, o bom resultado
é fruto do trabalho ágil e dedicado dos agentes, escrivães e
delegados do GOE. "Todos trabalharam de forma incansável, desde o dia
em que os corpos foram encontrados”, destacou.

 

Prisão em São Paulo – Uma equipe formada por um delegado, dois
agentes do GOE e um agente do Grupo Especial de Capturas estavam em São
Paulo, trabalhando para localizar o investigado.

 

Na capital paulista, a polícia recebeu apoio logístico da Polícia
Civil da cidade e, por volta das 15h, o mecânico foi preso na casa de
familiares, localizada no bairro Mandaqui, Zona Norte de São Paulo.
Constantino Alexandre tinha cortado e pintado o cabelo. Segundo a
polícia, a transformação feita na aparência reforça a tese de que
pretendia fugir do país.

 

**O crime –**Os corpos de três finlandeses foram encontrados num
canavial em Pitimbú, no Litoral Sul do Estado, sem identificação, no
dia 2 de dezembro. No local, a polícia encontrou apenas um cartão de
crédito em nome de uma das vítimas.

 

Ao longo do inquérito, 12 pessoas foram ouvidas, vários exames
periciais foram solicitados e uma nova perícia foi realizada na
residência do casal, localizada no município do Conde, onde foram
encontrados vestígios de sangue. A polícia afirma que as vítimas
foram executadas com vários tiros dentro da casa e, em seguida, tiveram
os corpos desovados no canavial, sendo transportados em uma Land Rover,
que foi apreendida.

 

Durante a perícia, foi utilizada uma técnica avançada, a mesma usada
nas investigações da morte da menina Isabela, em São Paulo, que
resultou na condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá: a
substância luminol, que, em contato com o ambiente, consegue
identificar a presença de sangue, mesmo que o local tenha sido lavado.

 

De acordo com as investigações, a motivação do crime teria
conotação patrimonial, uma vez que os investigados se diziam
proprietários da casa, afirmando tê-la adquirido da vítima por um
valor de R$ 290 mil – o imóvel, no entanto, continua registrado no
nome de Pasi Kalervo e está avaliado em mais de R$ 600 mil.

 

A polícia também encontrou uma procuração da vítima dando plenos
poderes a Constantino para a venda de propriedades. Segundo relatos de
testemunhas, outros três terrenos de propriedade da vítima teriam sido
vendidos pelo suspeito, mas o dinheiro não teria sido repassado.

 

O casal, juntamente com a amiga, entrou no país no dia 20 de novembro.
Eles costumavam passar temporadas na Paraíba, fugindo do inverno
europeu. As investigações foram iniciadas pela Delegacia de Pitimbu,
e em seguida, o caso foi repassado para o GOE, por determinação do
delegado geral, Severiano Pedro do Nascimento Filho.

 

Secom-PB

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