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Pai diz que tranquilidade do filho feito refém na Paraíba foi decisiva

O pai do engenheiro agrônomo que teve a casa invadida e a família feita refém por uma quadrilha na noite da quinta (22) no bairro do Altiplano, em João Pessoa, afirmou na manhã desta sexta-feira (23) que a tranquilidade do filho foi decisiva para que “o desfecho fosse o melhor possível”.

Segundo Luís Santiago Brandão, engenheiro civil, a casa do filho foi invadida no momento em que a mulher dele chegava à residência. Os homens a renderam e em seguida a trancaram dentro do banheiro com os dois filhos do casal, um menino de 8 anos e uma menina de 3. Já o filho dele foi amarrado no quarto e teve o rosto coberto por uma toalha para não ver os bandidos. De acordo com o pai da vítima, o momento de maior tensão foi quando a polícia chegou.

Santiago afirmou que durante todo o tempo os homens perguntavam por dinheiro. “Muito nervosos, eles ficavam dizendo que queriam dinheiro e perguntavam onde estava o cofre. Como na residência não havia dinheiro, eles começaram a fazer ‘um rapa’: pegaram celulares, notebooks e outros objetos e colocaram dentro de sacolas”, contou.

O pai da vítima soube que o filho, os netos e a nora estavam sendo feitos reféns por meio de uma ligação feita pela empregada da casa. “A menina fica embaixo e percebeu um grande barulho, ouvindo o que estava acontecendo. Ela ligou para mim e, no meio do caminho para a casa do meu filho, encontrei uma equipe da Polícia Militar, que agiu rápido, o que contribuiu e muito para tudo terminar bem”, disse.

Para Luís Santiago, o momento de mais tensão foi quando os ladrões perceberam que a polícia tinha chegado à residência.

“O meu filho disse que eles ficaram ainda mais nervosos e, pela janela do quarto, pularam para a residência vizinha. Um deles não conseguiu fazer o mesmo e nesse momento o tomou de refém. A calma dele [do filho] foi decisiva para que o desfecho fosse o melhor possível, para que tudo terminasse bem".
"Ele negociou com os assaltantes durante os cerca de 30 minutos que durou o pesadelo, pedia para que eles tirassem a arma da cabeça dele, dizia que ia entregar tudo e que eles não ficassem preocupados. Não tenho dúvidas de que foi Jesus que deu toda essa tranquilidade ao meu filho”, completou o pai da vítima.

O engenheiro civil acredita que tenha sido a calma do filho o motivo de um dos bandidos ter decidido levá-lo como refém. “Eles perceberam que caso a minha nora fosse a refém, já que ela estava mais nervosa, o plano de fugir não desse certo, acredito eu”, acrescentou. Após o engenheiro agrônomo ser tomado como refém, houve perseguição policial e o veículo foi interceptado próximo à Estação Cabo Branco. O suspeito foi preso e o refém liberado.

O pai da vítima disse que a família está bem. “Apesar da noite de ontem, todos estão dormindo e creio em Deus que não vai ficar nenhuma sequela psicológica em nenhum deles. Só a minha nora ainda está abalada, mas tenho certeza de que vai se recuperar do trauma em muito pouco tempo”, finalizou.



G1PB

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