“Este homem é um psicopata, ele pode não ter estuprado, mas eu tenho certeza que participou”. A frase reveladora é de Tereza Cristina, mãe da adolescente Rebeca Cristina, assassinada e estuprada há quatro anos em um crime que era tido como mistério até esta sexta-feira (17).
Em entrevista veiculada no programa Correio Debate, do Sistema Correio de Comunicação, na tarde de hoje, a mãe da adolescente revelou que só havia continuado o relacionamento com o padrasto, após o crime, para não atrapalhar nas investigações, mas tanto a polícia como as demais autoridades competentes tinham conhecimento do possível envolvimento de Edvaldo Soares, no assassinato.
Depois que Edvaldo foi ouvido pelo delegado Glauber Fontes, da Polícia Civil nesta manhã, a situação ficou insustentável, e a mãe de Rebeca decidiu pedir uma medida protetiva na Delegacia da Mulher, para que Edvaldo deixasse a casa e fosse impedido de se aproximar da residência.
O Coronel Lívio, da Polícia Militar, sugeriu que o suspeito vá morar na sede do 1º Batalhão, onde é lotado. As irmãs e o cunhado da mãe de Rebeca apoiaram a decisão da irmã em se afastar do suspeito.
Ainda segundo informações, no momento que Tereza Cristina conversa com o Coronel, Edvaldo – o padrasto – ficou irritado e questionou se a esposa estava acreditando que ele poderia ter envolvimento no crime.
A resposta da mãe de Rebeca foi que ela não acreditava em mais nada e que só queria que ele se afastasse dela e deixasse a casa onde mora.
ENTENDA
A estudante Rebeca Cristina, de 15 anos, foi violentada e assassinada em 11 de julho de 2011, no trajeto entre a casa da família e o Colégio da Polícia Militar, em Mangabeira VIII, Zona Sul de João Pessoa. O corpo da estudante foi encontrado com diversos tiros em um matagal na Praia de Jacarapé, Litoral Sul da Paraíba, na tarde do mesmo dia do crime.
Segundo Artemise, a Polícia Civil chegou a fazer um pedido de prisão preventiva de um indiciado no crime, mas o pedido foi negado pelo MPPB. “Os indícios que pesam sobre o suspeito que a polícia sugeriu não estão coesos, nem seguros”, explicou a promotora. Ela explica também que as novas diligências são necessárias para que os indícios de autoria sejam fortalecidos.
Federalização
Na sexta-feira (3), o Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH-PB) protocolou no Ministério Público Federal (MPF), um pedido de federalização do Caso Rebeca e de outros três casos de mortes violentas, ocorridos entre 2011 e 2013 na Paraíba.
Neste caso em particular, o órgão explicou que o pedido de federalização foi solicitado devido à forma como a investigação vem conduzida. O CEDH-PB explica que mesmo após já ter passado por oito delegados em quatro anos, o caso ainda permanece sem solução.
PB Agora
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