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Mãe de criança morta em ritual em Sumé é condenada a 34 anos de prisão

A justiça por meio de júri popular começou por volta das 09h de ontem (24) e se estendeu até às 20h40, Laudenice dos Santos Siqueira foi condenada a 34 anos de reclusão pela morte do filho Everton Siqueira durante um ritual de magia negra em outubro de 2015 na cidade de Sumé, no Cariri paraibano.

O julgamento, desaforado da Comarca de Sumé, foi realizado no Fórum Affonso Campos, no 2ºTibunal do Júri, sob a presidência do juiz Horácio Ferreira de Mello. Os outros três envolvidos também serão julgados em Campina Grande em pauta a ser estabelecida.

ENTENDA O CASO

O corpo do menino de cinco anos foi encontrado em 11 de outubro dentro de uma vala, por trás de uma escola municipal. Havia um corte do tórax até a virilha. Além disso, o pênis dele foi decepado e encontrado espetado numa vara. Cinco pessoas foram presas pelo crime: Laudenice dos Santos Siqueira, a mãe de Everton; o padrasto, Daniel Ferreira dos Santos, conhecido como “xana”; o pai de santo Wellington Soares e Denivaldo Santos Silva, de 37, conhecido como “paulistinha”.

João Batista de Sousa (que tinha problemas mentais e estava no local onde o corpo foi desovado) também foi preso. Iury Givago, delegado seccional da 11ª Delecacia Seccional de Polícia Civil em Queimadas na época estava em Sumé. Ele e outros colegas se revezaram nas investigações.

Givago contou que “a mãe e o padrasto não tinham tanto interesse de encontrar, de procurar a criança que estava desaparecida havia alguns dias. Eu lembro que foi no dia das crianças que esse cadáver apareceu dentro de uma vala, próximo à casa da família. Esse cadáver estava com uma incisão no tórax até o abdome e também o pênis da criança estava decepado. Quando assumimos a investigação, ouvimos as pessoas que tinham conhecimento dos fatos, os conselheiros tutelares e começamos a inquirir os suspeitos. Eles (os suspeitos) ao tempo todo se contradiziam. Foi quando a mãe informou que havia sido o padrasto que teria cometido o crime que investigação tomou outro rumo em questão de horas (foi um flagrante que começou às seis da manhã e terminou à meia-noite). Em questão de horas ouvimos vinte pessoas e a partir desses depoimentos nós coletamos várias informações que foram importantes. Eu, o dr. Paulo Ênio, dr. Rodrigo Monteiro, se revezando nas diligências, conseguimos confissões de outros suspeitos e de pessoas próximas aos suspeitos”.

O delegado Iuri Givago disse que “inicialmente foram presas cinco pessoas: a mãe, o padrasto, um deficiente mental (que o padrasto da criança dolosamente o colocou na cena do crime para acusá-lo e posteriormente o matou lá no presidio em João Pessoa), um amigo da família que participou da execução do crime e um ‘suposto religioso’ que confessou a prática do crime e disse que a finalidade era justamente oferecer o sague da criança a ‘alguma divindade’. E o ‘religioso’ disse mais: não era só a criança de cinco anos que era o alvo da ação criminosa. A irmã dele (do menino) mais velha, de oito anos, também seria assassinada com a mesma finalidade”.

Da Redação com TV Cariri

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