Para dar andamento ao processo de solicitação do registro da Feira Central
de Campina Grande como patrimônio imaterial brasileiro, técnicos do
Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan estão na
cidade capacitando a equipe multidisciplinar de pesquisadores que fará o
inventário sobre a Feira. O documento, que tem um prazo de seis meses para
ser concluído, deve elencar elementos identificados como bens imateriais
vinculados à Feira e é indispensável para dar prosseguimento ao pedido de
registro.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, a diretora do Patrimônio
Histórico, Artístico e Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Giovana
Aquino, os técnicos do Iphan estão preparando a equipe para trabalhar com a
metodologia do Inventário Nacional de Referência Cultural – INRC. Durante o
trabalho de construção do inventário, o olhar dos pesquisadores se voltará
para as formas do saber fazer, o artesanato, o trabalho com as ervas, os
espaços de sociabilidade e para as expressões artísticas e literárias
encontradas na Feira.
A equipe responsável pelo mapeamento dos bens imateriais da Feira Central
será formada por pesquisadores e pesquisadores auxiliares (estudantes de
graduação). No grupo, formado por pessoas que já tem vivência acadêmica com
o tema da Feira, há professor de arquitetura, arte-educador, historiador e
cientista social.
Com o trabalho concluído, o inventário será encaminhado para apreciação do
conselho consultivo do Iphan. Uma vez aprovado o documento, a Feira
conquistará o título. A ideia é que Campina seja presenteada nos 150 anos
com o registro da Feira como patrimônio imaterial e histórico brasileiro.
“Seria um presente porque a historia da Feira se confunde com a historia da
cidade. Nesses 150 anos, a Feira teve um papel importante na formação e
desenvolvimento local”, argumentou Giovana.
A reunião de capacitação vai continuar nessa sexta-feira nos turnos manhã e
tarde no auditório da Secretaria de Cultura (antigo Museu de Artes Assis
Chateaubriand).
Ascom