Os surdos saíram da Praça da Independência, passaram pela Lagoa, Assembléia Legislativa, Palácio do Governo e finalizaram o protesto na Câmara Municipal. Durante o percurso eles fizeram paradas para expor suas necessidades a população. De acordo com o IBGE na Paraíba existem mais de 150 mil pessoas incapazes ou com alguma grande dificuldade permanente de ouvir, só em João Pessoa são mais de 20 mil.
Os surdos solicitaram a disponibilização de interpretes em hospitais, delegacias, eventos e propagandas estatais, eles agradeceram ao governo e a prefeitura pelos interpretes em escolas publicas.
O evento ganhou a adesão do deputado Nivaldo Manoel (PPS), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência e da vereadora Eliza Virginia (PPS), os parlamentares retificaram o compromisso em defender os interesses da comunidade surda na Paraíba. Nivaldo é autor da resolução que determina a tradução simultânea em LIBRAS na programação da TV Assembléia.
Tanto a Assembléia Legislativa quanto a Câmara Municipal de João Pessoa possuem em seus regimentos internos, lei que regulamenta o funcionamento das casas legislativas, determinação da presença de interpretes durante as sessões e na programação de suas Tvs, mas, nem um dos parlamentos efetivaram a determinação de seus regimentos e no protesto de hoje foram alvo das críticas dos surdos.
Na assembléia o presidente Artuh Cunha Lima, disse durante sessão do Dia de Luta da Pessoa com deficiência, estar adotando medidas para sanar o problema, através de treinamento com servidores da Casa.
Na Câmara os surdos, após promover um apitaço no final do protesto desta manhã, poderam entender pela tradução de uma interprete a promessa do presidente Durval Ferreira que a partir de Janeiro a Câmara terá a presença permanente de interpretes com a contratação de dois profissionais capacitados.
Da Redação