Na tarde desta terça-feira (07) o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sintem) realizou uma assembleia onde ficou definido que por falta de acordo os professores municipais irão estender a greve que teve início no dia 16 de março. Os professores da rede municipal de cabedelo também decidiram continuar com a paralisação.
No último dia 30, a desembargadora Maria das Graças Morais do Tribunal de Justiça da Paraíba acatou a ação impetrada pela prefeitura de João Pessoa e determinou a ilegalidade da greve sob pena de multa diária de R$ 5 mil, mesmo assim os professores continuaram com as aulas suspensas.
“Essa assembleia é muito importante pois nós trouxemos nossa assessoria jurídica para explicar a todos os presentes o andamento do nosso processo e o andamento do nosso recurso. É importante que todos entendam para que possamos tomar decisões “ disse o presidente do Sitem, Daniel de Assis.
Nessa segunda-feira (06), o sindicato enviou ao Tribunal de Justiça um recurso para tentar derrubar a ilegalidade. Ainda de acordo com Daniel algumas escolas voltaram a funcionar parcialmente “para que os professores tivessem um contato com a comunidade escolar, com os pais e para dar uma aula de cidadania” declarou ele.
O vereador de oposição Raoni Mendes esteve presente na assembleia e afirmou ter ido ouvir as demandas da categoria para que possa defendê-los na Câmara Municipal.
Já em Cabedelo, a greve dura mais de um mês e a prefeitura concedeu um reajuste de 13,01%, mesmo assim os grevistas decidiram continuar com a paralisação.
“O reajuste dado é o repasse do MEC que o prefeito repassou para os professores efetivos deixando de lado os contratados e outros profissionais da educação como psicólogos, fonoaudiólogos, intérpretes de libras e assistentes sociais e nós temos uma pauta com nove pontos e ele atendeu um ponto e meio” disse um representante da categoria no município.
Os professores de Cabedelo devem se reunir novamente nesta quarta-feira (08).
O secretário de Articulação Política Adalberto Fungêncio disse que a prefeitura de João Pessoa ofereceu 3% de reajuste mais a formação de uma comissão com a participação do sindicato para analisar em agosto a evolução da receita do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), se houver crescimento deve haver reajuste. O secretário ainda afirmou que o governo municipal pretende criar uma comissão para estruturar a progressão funcional dos professores.
Redação