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Ortotrauma de Mangabeira fecha as portas da urgência buco-maxilo-facial

 A maior unidade de saúde administrada pela Prefeitura Municipal de João Pessoa, o Hospital de Ortotrauma de Mangabeira, fechou, nesta quarta-feira (30) a urgência buco-maxilo-facial. A partir de agora, todos os pacientes que necessitarem deste tipo de atendimento, serão encaminhados ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, também na Capital.

O PB Agora teve acesso a trocas de mensagens de funcionários da unidade hospitalar que confirmam o fechamento da urgência e dizem que o comunicado foi feito pelo diretor técnico, doutor André Macêdo.

De acordo com informações, há um tempo, o Ortotrauma já vinha dificultando o atendimento dos pacientes que necessitavam dessa especialidade, mas, a partir do início do mês de setembro, os atendimentos estariam sendo negados, informação não confirmada pela unidade hospitalar, mas que vem a ser corroborada pelo fechamento da urgência nesta quarta.

Com a provável dificuldade de atendimento na unidade, o Hospital de Trauma de João Pessoa teve um crescimento de 24% nas cirurgias referentes à especialidade em relação ao mesmo período de 2014, com 200 cirurgias registradas no período de janeiro à julho deste ano, segundo as estatísticas do bloco cirúrgico da unidade hospitalar.

Necessitam deste tipo de atendimento, os pacientes decorrentes de acidentes de automóvel, moto, quedas e agressão física que tenham traumas que atingem a região facial, no espaço compreendido entre a orelha, nariz, testa até o ‘pomo de adão’, o que representa uma importante especialidade em um complexo hospitalar.

Descaso na saúde e demissões em JP

Além do fechamento da urgência buco-maxilo-facial, o “Trauminha” vem sendo alvo de denúncias de descaso no atendimento à população.

Nessa terça-feira (29), o vereador Raoni Mendes chegou a questionar a secretária de Saúde de João Pessoa, Mônica Rocha Rodrigues, durante audiência pública na Câmara Municipal, sobre o descaso relatado pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde, após fiscalização do local.

O Departamento constatou cuidados inadequados aos usuários do hospital, que necessitaram de assistência, principalmente no setor de ortopedia. Segundo relatório oficial, divulgado após a auditoria, foram detectados alto índice de suspensão de cirurgias traumatológicas, por falta de materiais; longa fila de espera para realização de cirurgias eletivas; internações de pacientes em corredores e enfermarias improvisadas, equipamentos médicos sem funcionamento, por falta de manutenção, entre outros problemas.

Além disso, há denúncias de que serão demitidos mil funcionários da saúde de João Pessoa, incluindo setenta funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Capital.

 

PB Agora

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