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Opinião: Governo tenta evitar, mas situação é tão crítica que pode vir lockdown por aí

Pelo andar da carruagem da pandemia, não se admirem se, nos próximos dias, o Governo da Paraíba vier a fazer o que deveria ter feito logo no começo: decretar lockdown.

Recentemente, o governador João Azevêdo baixou decreto apertando ainda mais as medidas restritivas de combate ao coronavírus. De pouco adiantou, para não dizer que de nada adiantou: os índices de contaminação e mortes permanecem alarmantes; os hospitais estão quase no limite da sua capacidade máxima de atendimento; as UTIs não dão vencimento e a fila de pacientes, em estado grave, à espera de uma vaga nas Unidades Intensivas só aumenta.

Lockdown
Vai terminar acontecendo de o governador findar o processo de combate ao coronavírus pelo que deveria ser o começo, a decretação do lockdown. Se no início da pandemia, os governos – inclusive o federal – tivessem decretado um lockdown de 30 a 40 dias, interrompendo a cadeia de propagação do maldito vírus, não teríamos chegado a este ponto em que, como se não bastasse a contaminação e as mortes em índices recordes, o Brasil se transformou no epicentro da covid-19 para o mundo. Somos hoje uma ameaça ao planeta.

Em vez disso, apenas se tem empurrado o problema com a barriga. Um lockdown logo de início causaria um desaquecimento da economia, promoveria desemprego, mas vidas seriam poupadas e nunca teríamos chegado aos índices atuais de mortes.

Ao empurrar o problema com a barriga, com a agravante da flexibilização, se permitiu que a economia sofresse muito mais, o desemprego fosse muito maior e os índices de contaminação e morte infinitamente superiores do que teria sido com o lockdown no começo.

Multas adiadas
O Tribunal de Contas do Estado, durante sessão realizada nesta quarta-feira (24), anunciou a autorização de prazo e a suspensão de multas para o envio das Prestações de Contas Anuais (PCAs) dos órgãos públicos, referente ao exercício de 2020, até o próximo dia 15 de abril.

A decisão da extensão do prazo decorre de requerimento protocolizado pela Associação Paraibana de Contadores Públicos e pelo Conselho Regional de Contabilidade, por meio do qual apresentam justificativas alegando a dificuldade na entrega da documentação até o dia 31 de março, sobretudo pelo atual momento da pandemia vivenciada no país.

CRM
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba divulgou nesta quarta-feira (24) o Censo Hospitalar, com dados de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de enfermarias em 25 hospitais públicos e privados das três macrorregiões do estado (Grande João Pessoa, Campina Grande e Sertão), onde estão internados pacientes com covid-19, referentes a esta terça (23).

Os números mostram que na região metropolitana da Capital houve uma expansão de leitos e internações em outros hospitais, como Complexo Hospitalar de Mangabeira, Hospital de Trauma e São Vicente de Paulo, além dos que já eram referência para a doença.

Na Grande João Pessoa, o CRM-PB analisou os dados de 13 hospitais, onde havia 375 leitos de UTI instalados e 332 estavam ocupados. Ou seja, havia 43 leitos disponíveis na rede pública e privada, nesta terça (23). Os números são referentes aos hospitais: Metropolitano, Clementino Fraga, Hospital Universitário Lauro Wanderley, Prontovida, Santa Isabel, Frei Damião, Complexo Hospitalar de Mangabeira, Hospital de Trauma, São Vicente de Paulo, São Luís, Hapvida, Unimed e Hospital Nossa Senhora das Neves.

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