Empresária denuncia perseguição da Prefeitura de Sousa após denúncias contra diretor do cemitério
Empresária denuncia perseguição da Prefeitura de Sousa após denúncias contra diretor do cemitério. Segundo ela, casos são conhecidos por secretários,
prefeito e um vereador, porém sem nenhuma providência
A empresária Francisca de Fátima de Sousa denunciou que vem sofrendo perseguição da Prefeitura de Sousa após ter feito denuncias contra o atual diretor do
Cemitério São João Batista, Reginaldo Bezerra de Oliveira. Ela revela ainda que o diretor é apadrinhado político do vereador Assis Estrela, o qual é tio do
administrador do Campo Santo de Sousa.
Segundo Daí, como é conhecida a denunciante que tem uma empresa de construção de túmulos de mármore, Reginaldo estaria se utilizando do cargo para direcionar a venda do produto a um atravessador que leva os clientes a seus concorrentes. A empresária garante dispor de um verdadeiro dossiê a respeito dos terrenos e túmulos no cemitério. Segundo a mulher, existem fotos, documentos, inquérito e até a gravação de uma conversa onde o diretor leva um suposto cliente a um atravessador para a venda de túmulos.
Daí denunciou ainda que há um claro tráfico de influência, pois quem vai ao cemitério a procura de empresas para confecção de túmulos são indicados pelo
próprio diretor a procurar o senhor Mar de Zé Rosa. “Essa pessoa já foi demitida da direção do cemitério devido a denuncias de várias irregularidades
na gestão passada e agora serve de intermediador com o apoio do atual diretor”, disse.
Além do mais, conta Daí, dois secretários municipais foram informados dos fatos. Gerlando Linhares, da Infraestrutura e Rodrigo Gurgel, do Planejamento fizeram “vista grossa”, narra a empresária. “Apenas Pedro Roberto, do setor de tributos relatou a situação ao prefeito Fábio Tyrone, mas até agora não foram tomadas providências”, conta.
Terrenos em duplicidade
Outra irregularidade apontada é a venda de terrenos em duplicidade no Campo Santo de Sousa. A professora Maísa Suzel Marques, residente no Projeto Mariz procurou o Ministério Público para informar que o terreno adquirido em 1998 junto a gestão do ex-prefeito João Estrela fora vendido por duas vezes a mesma pessoa.
Em entrevista ao programa Cidade Notícia, Maísa explicou que na poça o terreno foi adquirido em troca de divida trabalhista junto a Prefeitura. Na gestão seguinte
o terreno foi vendido ao senhor José Abrantes de Sá e o caso foi solucionado na justiça. Para surpresa da mulher, agora na gestão do prefeito Fábio Tyrone o
terreno foi vendido mais uma vez e, para surpresa de toda sua família, a mesma pessoa, ou seja, ao senhor José Abrantes.
De posse dos documentos, a professora resolveu comunicar o fato a um promotor. “Isso é um absurdo. Como pode meu terreno adquirido com meu esforço, pois eu saía de casa cedo para trabalhar na Prefeitura, dar aulas todos os dias, agora ser vendido por Reginaldo, se tenho os documentos que comprei desde 92”, questiona dona Maísa.
Tudo normal
O secretário de infraestrutura, Gerlando Linhares achou o caso normal. Apesar de dizer que tem conhecimento das denuncias apresentadas por Daí e Maísa, o
titular da pasta que administra o cemitério, revelou que não há motivos para abrir um procedimento administrativo contra o diretor, pois segundo ele,
Reginaldo Bezerra não sabia das vendas realizadas em anos anteriores.
Sobre o suposto apadrinhamento político, Linhares diz não acreditar nestas acusações por conhecer o diretor que vem fazendo esforços para desempenhar um bom trabalho. “O que vamos fazer agora é uma organização completa no cemitério, a começar por um cadastramento de túmulos e terrenos”, finalizou.
Levi Dantas, direto de Sousa
