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Ditadura: 600 paraibanos querem indenização

Vinte e quatro anos após o fim da ditadura militar pessoas que foram presas, torturadas, perseguidas politicamente e até expulsas do Brasil pelo posicionamento contrário ao regime, ainda lutam para serem reconhecidas como vítimas de crimes praticados pelo Estado. Na Paraíba, pelo menos 600 pessoas solicitaram a Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, desde 2001, indenizações por estes motivos.

Em todo o País, já são mais de 60 mil pedidos. Amanhã, estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) iniciam um seminário para discutir este período da história brasileira. O enfoque recai para a abertura dos arquivos militares e para o julgamento dos torturadores.

O advogado paraibano Virginius Lianza é um dos 22 integrantes do Conselho de Anistia, ele acredita que a partir da criação deste instrumento o Governo brasileiro vem buscando uma forma de reconhecer os prejuízos causados às pessoas perseguidas por terem atuado em favor do retorno do regime democrático ao País.

Ele explica que as indenizações concedidas pelo Ministério da Justiça, através da Comissão, têm esse papel. De 2001 até agora, ele informou que foram aproximadamente 600 pedidos de paraibanos que acreditam terem sido impedidos de exercer suas atividades profissionais ou econômicas, além de sofrerem represálias físicas ou psicológicas por motivação exclusivamente política, de 1945 a 1988.

Entretanto, esta quantidade de processos não reflete a realidade dos paraibanos que foram torturadas, presas ou alijadas do acesso ao estudo ou ao exercício do trabalho. Lianza acredita que não é possível chegar a um número, mesmo que aproximado, do número de pessoas do Estado, que passaram por situações desta natureza.

Jornal Correio

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