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Artesanato da Paraíba encanta em diferentes materiais e estilos

 Dê um tempo nas manjadas garrafinhas de areia colorida e nas estatuetas de cangaceiros. Na Paraíba, o artesanato apresenta uma infinidade de estilos e de materiais.

Na rica produção local, há quem faça pássaros de lata, mulheres de barro, brinquedos de madeira, rendas e peças de algodão colorido.

Boa parte desses produtos está exposta na Casa do Artista Popular, em João Pessoa (www.casadoartistapopular.pb.gov.br ), que conta com um acervo de mais de mil obras representativas do artesanato paraibano.

O espaço funciona como um museu: ali nenhum dos objetos está à venda. Quem se interessar por alguma das obras pode pegar o telefone e endereço do artesão e visitar seu ateliê, que muitas vezes funciona na casa do próprio artista.

Por meio do lugar, é possível conhecer artesãos como Mara Cavalcanti, que esculpe em barro figuras femininas, todas pintadas com maquiagem de verdade.
“Minhas meninas só usam Natura e Avon. Eu já não tenho idade para ser vaidosa, então agora reservo toda a vaidade para elas”, diz a artesã de 70 anos.

Nascida em Alagoa Grande, Cavalcanti começou fazendo figuras de animais com cabeças humanas e hoje se dedica principalmente às esculturas de mulheres, que podem ter cabelos feitos de bolinhas de barro ou tiras de couro de bode.

Com esculturas vendidas em todo o Brasil, ela se alegra ao ver seu trabalho reconhecido, mas lamenta ter começado no artesanato “muito tarde”, há 12 anos. “Com a minha idade, preciso diminuir o ritmo de trabalho, o processo de preparar o barro é cansativo”, explica.

Já Antonio Felismino de Sousa, natural de Pombal, trabalha com artesanato desde criança e hoje se dedica exclusivamente à fabricação de brinquedos de madeira.

Inspirado nos parques de diversão, o artesão constrói coloridos carrosséis e rodas-gigantes, que custam entre R$ 45 e R$ 950, dependendo do tamanho do brinquedo.

Também em madeira, a obra de Guariguazi de Lima gira em torno de motivos religiosos. Nascido em Brejinho (RN), o artesão, que vive na Paraíba desde os nove anos, transforma troncos de árvores, tábuas e cabos de vassoura em coloridas imagens da Santa Ceia ou de José e Maria. “É a forma da madeira que determina a escultura”, explica, citando a imburana, árvore da caatinga, como sua preferida para trabalhar.

Anamar

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