A estranha sensação de ter, no mesmo dia, um calor de 35 graus centígrados e um frio de quase zero é apenas uma das peculiaridades de estar no local em que ocorre a retirada dos 33 mineiros que estão presos em uma mina em pleno deserto do Atacama chileno, há 65 dias. Parece que tudo, neste resgate, é insólito. Começando pelo fato em si: quando foi que se ouviu uma história parecida, com tantas pessoas sendo mantidas por tanto tempo a 700 metros de profundidade? É, aliás, essa falta de parâmetros uma das maiores dificuldades dos especialistas para tomar decisões. “Precisamos lembrar que isso nunca foi feito, então não temos um elemento de comparação”, dizem eles em duas de cada três entrevistas coletivas.
Assista: G1 faz um ‘giro’ pela mina
Chegar até a mina San José também está longe de ser uma tarefa simples. O local fica no meio do deserto, a 80 km da cidade de Copiapó, que por sua vez fica a 800 km da capital chilena, Santiago. A estrada é isolada, sem iluminação e sem asfalto.
1. Que o acampamento que, em agosto, quando ocorreu o desabamento, era habitado apenas pela famílias, foi tomado por barracas e tendas de veículos da imprensa. O que se consegue distinguir são a escola para os filhos dos mineiros e alguns grupos de familiares que colocaram faixas e fotos do parente preso.
2. O acesso dos jornalistas ao local das perfurações é praticamente impossível. Há uma barreira bem vigiada e policiada. Os informes são dados em entrevistas coletivas, ou por informações esparsas na região do bloqueio.
3. Os banheiros químicos espalhados não dão conta do número de pessoas que há hoje no acampamento.
Ao longo do dia, o número de jornalistas aumentava, e durante a tarde havia até fila para falar com as famílias. Cansados, os parentes quase não conversam, embora convivam lado a lado com os repórteres.
Com esse mar de jornalistas, fica complicada a tarefa de envio dos textos. Há internet sem fio no acampamento todo [com o nome "força mineiros"], mas a rede é instável e não pega nos locais mais altos. A pequena sala de imprensa não comporta nem um terço dos enviados, e uma das coisas mais concorridas é a tomada para carregar laptops, câmeras e celulares.
Resistência
Apesar da ansiedade, os familiares mantêm o bom humor na espera e passam o tempo todo juntos. A cadela Mina é a alegria das crianças, que também são entretidas por um palhaço que passa o dia no acampamento.
A noite desta sexta foi de expectativa. Os parentes fizeram novamente uma vigília, com fogueiras na frente das barracas e música. A espera se devia ao anuncio, feito de tarde, de que ainda nesta madrugada uma das máquinas perfuradoras poderia chegar ao local onde estão os mineiros, o que, até a publicação desta reportagem não havia acontecido.
G1
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