Foto: Paulo Emílio
As respirações estavam ofegantes. Batimentos cardíacos em descompasso de puro terror. Água salgada deslizando pela garganta rumo aos pulmões. Por fim, a morte.
Não, não estou a falar dos que ocupavam o submersível que implodiu próximo aos restos do Titanic.
Falo, sim, das 750 pessoas que estavam apinhadas em um barco de pesca que naufragou nos mares da Grécia. Todos refugiados de países em desordem das mais variadas.
Informações do governo do Paquistão indicaram que 300 seres humanos só de tal país morreram afogados, inclusive crianças.
Mas não houve comoção mundial. A mídia quase deixou na marca do escanteio tal tragédia. Os países ricos seguiram o voto do relator, indicando silêncio sepulcral sobre o caso.
Já os ocupantes aventureiros do submarino de pequeno tamanho também se foram. Ricos, um deles milionário britânico, tiveram o mesmo destino: vidas tragadas por Poseidon.
Não, meu objetivo não é desconsiderar a dor das vítimas, familiares e amigos dos que se foram e, sim, o modo como os casos tiveram tratamentos distintos
Já coloquei ponto e vírgula na fatalidade dos que buscavam uma vida melhor nas terras férteis e xenófobas da União Europeia.
Agora centro meus resmungos de indignação na super exposição midiática do caso que envolveu o submersível.
Milhões de dólares para achar cinco pessoas. Aviões, equipamentos de ponta, navios com potentes sonares e outros “adereços” à disposição da nobreza.
Tudo em vão, afinal, reis e rainhas têm o mesmo destino dos súditos e escravos, pois não há como escapar de Caronte, o barqueiro da morte.
Por Eliabe Castor
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