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Pior nevasca em 4 anos deixa brasileiros ilhados em Nova York

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A pior nevasca dos últimos quatro anos em Nova York, acumulou 81 cm de neve e paralisou aeroportos, que foram fechados no domingo à noite e reabertos na segunda à tarde. Mais de 5,5 mil voos foram cancelados na região nordeste americana. As consequências dos cancelamentos e atrasos criaram um efeito dominó sentido até a manhã desta quinta-feira.

A partir do momento em que um voo é cancelado numa região, aeronaves não conseguem chegar em outra, mesmo que esta não tenha sido afetada pela neve. Um terço de todo tráfego aéreo americano, começa, termina ou faz conexão em Nova York. O que acontece aqui tem consequências no mundo todo. Passageiros frustrados acampam nos saguões dos aeroportos.

Os brasileiros Geraldo de Oliveira e a filha Valentine, 15 anos, com viagem marcada para o Rio de Janeiro na segunda-feira pela Delta, no Aeroporto John F. Kennedy (JFK), foram transferidos para um voo da TAM da terça-feira.

Como a legislação americana não determina que a companhia pague pela hospedagem, é o próprio passageiro que precisa providenciar hotel. Pai e filha, então, desembolsaram US$ 240 para dormir em um hotel perto do aeroporto. "Um hotel de quinta categoria", lamentou Oliveira. Porém, na manhã de terça-feira, de volta ao aeroporto, descobriram que seus nomes não constavam na lista de passageiros, afirma o brasileiro. Só conseguiram reserva para o dia seguinte, tendo que passar mais uma noite em NY.

Outra família brasileira que veio passar o Natal nos EUA teve o voo da United Airlines de segunda-feira cancelado e foi transferida para um voo de outra empresa aérea dois dias depois. Raquel e Claudio Mencarini e os filhos Juliana, 14 anos, e Gabriel, 9 anos, voltaram ao terminal de embarque oito horas antes da decolagem, na quarta-feira. "Os guichês ainda estavam fechados, mas o painel já anunciava um atraso de mais de sete horas", disse Mencarini.

A família pagou US$ 700 para estender, por dois dias, a estadia no Hotel Bedford de Nova York. Na segunda-feira, depois da transferência de empresa aérea, foram pessoalmente ao escritório da companhia em Manhattan na tentativa de remarcar o voo cancelado, mas não encontraram ninguém lá.

Somente com a ajuda de amigos no Brasil e várias ligações para o escritório da companhia em Buenos Aires é que a família conseguiu um novo voo. "Não estou nem um pouco empolgado em receber a conta do telefone", disse Mencarini.

Os amigos Lea, Ney e Luiza Caires e Patrícia e Antonio Araújo, indo passar o Réveillon em Nova York, acabaram ilhados em Miami durante 2 dias, passaram por inúmeras listas de espera e 11 diferentes portões de embarque. "Desembarcamos no Aeroporto La Guardia quarta-feira de manhã e já prolongamos a estadia em Manhattan por mais 3 dias. Para recuperar o tempo perdido", disse Antonio.

Ron Marisco, porta-voz das autoridades portuárias de Nova York, afirmou que todos os aeroportos da região estão funcionando melhor a cada dia, utilizando todas as pistas disponíveis para o embarque e desembarque e que a limpeza da neve continua. Mas não sabe prever quando a situação voltará ao normal.

Os turistas que conseguem desembarcar em Nova York enfrentam dificuldades para se locomover. As filas dos táxis no JFK podem durar até 3 horas. Os trens que ligam Manhattan e Long Island funcionam com um pouco de atraso. Nos trechos onde os trilhos continuam cobertos pelo gelo, ônibus transportam os passageiros. Quase todas as linha do metrô estão funcionando com algumas interrupções no Brooklyn. Por sorte, a previsão do tempo para os próximos dias é de sol com temperaturas acima de 0ºC, o que deve facilitar a limpeza da neve.
 

 

Jornal do Brasil

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