O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou, na madrugada desta quinta-feira (17), a promulgação do acordo aprovado pela Câmara que permite a reabertura dos serviços públicos federais e a elevação do teto da dívida do país, evitando um calote nas contas públicas.
Obama adiantou que assinaria o acordo rapidamente. "Assim que chegar à minha mesa, vou assiná-lo imediatamente", antecipou, em pronunciamento na Casa Branca.
O presidente dos EUA, no entanto, não falou sobre o assunto após assinar o acordo. "Vou ter mais a dizer sobre isso amanhã (hoje)".
O prazo para aprovar o aumento do teto da dívida acabaria à 0h (1h de Brasília) desta quinta. Os EUA escaparam, por pouco, de um calote histórico. A menos de duas horas do fim do prazo, a Câmara aprovou, na noite desta quarta (16), o acordo que permitirá a reabertura dos serviços públicos federais – suspensos desde 1º de outubro – e a elevação do teto da dívida do país, garantindo que os EUA tenham recursos para honrar suas contas.
O texto foi aprovado por 285 votos a favor e 144 contra.
"O acordo vai reabrir nosso governo. Quero agradecer aos líderes por chegar a esse ponto", disse o presidente, após a votação. Obama apontou, no entanto, que espera que da próxima vez um acordo não seja aprovado "na 11ª hora". "Temos que sair do hábito de governar por crises", disse.
Já o presidente da Câmara, John Boehner, um dos principais opositores ao governo Obama, admitiu derrota: "nós brigamos uma briga boa, nós só não vencemos", afirmou.
Acordo
O acordo foi anunciado no início da tarde no plenário do Senado dos EUA pelo líder da maioria, o democrata Harry Reid, e pelo líder da minoria republicana, Mitch McConnell. Segundo Reid, o texto prevê a elevação do teto da dívida do país até pelo menos o próximo dia 7 de fevereiro, e a reabertura do governo até 15 de janeiro.
Obama disse que ainda que "há muito trabalho a ser feito, incluindo recuperar a confiança que perdemos nas últimas semanas". "Estou disposto a trabalhar com qualquer um, democrata ou republicano, em qualquer ideia que vá fazer crescer nossa economia. Nunca acreditei que democratas têm monopólio das boas ideias. Estou convencido que democratas e republicanos podem trabalhar juntos".
De acordo com o "Wall Street Journal", o acordo bipartidário fechado entre os senadores não inclui grandes alterações ao "Obamacare", o plano de assistência à saúde aprovado em 2010 e que tem sido o maior ponto de atrito nas negociações entre os dois partidos. A legislação determina, no entanto, novos procedimentos para determinar a renda de algumas pessoas que receberão subsídios para pagamento dos planos de saúde.
Os negociadores rejeitaram a proposta dos republicanos de adiar a cobrança de uma taxa de US$ 63 por pessoa em planos de saúde coletivos, incluindo empregadores, sindicatos e seguradoras.
A discussão do acordo foi retomada na noite de terça (15), após as tentativas da Câmara dos Deputados falharem.
G1
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