Um imã e um bispo lideraram um funeral em Malta, nesta quinta-feira, para 24 migrantes afogados, as únicas vítimas cujos corpos foram recuperados do Mediterrâneo após o naufrágio no fim de semana que chocou a Europa.
Os mortos foram recolhidos pela embarcação italiana Gregoretti e levados a Malta na segunda-feira, após o barco em que estavam ter virado e afundado no domingo de manhã. Estima-se que até 900 pessoas possam ter morrido.
Vinte e oito sobreviventes foram levados para a Itália. A grande maioria das vítimas não foi encontrada, após ter ficado presa no interior da embarcação e afundado com ela. O capitão foi preso na Itália por suspeita de homicídio, tráfico de pessoas e por causar um naufrágio.
O desastre elevou o total de mortos até agora neste ano para cerca de 1.800 imigrantes desesperados, que se afogaram no Mediterrâneo enquanto buscavam cruzar o mar, levando a União Europeia a convocar líderes de seus 28 Estados-membros para uma cúpula de emergência na quinta-feira.
Os líderes europeus devem reverter uma decisão tomada no ano passado para encerrar os esforços de busca e resgate em mar. Grupos de direitos humanos culpam essa decisão pelas mortes.
A cerimônia de funeral na ilha europeia, o menor país da UE, foi conduzida sob uma grande tenda ao lado de um necrotério na capital Valetta.
G1
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