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Líder da oposição paquistanesa desafia aparente ordem de prisão

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O principal líder da oposição no Paquistão, Nawaz Sharif, deixou sua casa na cidade de Lahore neste domingo para participar de uma manifestação, desafiando uma aparente ordem de prisão domiciliar.

A casa foi cercada pela tropa de choque na noite de sábado, em uma iniciativa que o líder da Liga Muçulmana do Paquistão-N (PML-N) qualificou como "ilegal e imoral". Sharif se disse determinado a liderar uma marcha de advogados e ativistas da oposição até a capital, Islamabad.

"Venham e unam-se a mim. Eu estou saindo de casa. Chegou a hora de marchar de mãos dadas", disse Sharif aos partidários, com quem espera chegar a Islamabad na segunda-feira.

Mais cedo, a polícia lançou gás lacrimogêneo para dissipar uma concentração de manifestantes no centro de Lahore. O governo do presidente Asif Ali Zardari declarou a manifestação uma ameaça à lei e à ordem e proibiu atos públicos.

Os advogados paquistaneses querem a reinstauração de juízes afastados pelo governo anterior, do general Pervez Musharraf.

Disputa de poder

A correspondente da BBC em Islamabad, Barbara Plett, disse que a campanha para a volta dos juízes se tornou uma disputa de poder entre Sharif e o atual presidente.

Zardari, viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, prometeu reverter a decisão de Musharraf quando chegou ao poder no ano passado, depois do assassinato da esposa. Mas sua rivalidade com Sharif é antiga – data da década de 90.

Sharif e Zardari chegaram a formar uma parceria no governo após eleições parlamentares em fevereiro de 2008. Mas o PML-N deixou a aliança, queixando-se da relutância do partido de Zardari, Partido do Povo do Paquistão (PPP), de reinstaurar os juízes.

As relações entre os rivais ficaram ainda mais tensas nas últimas semanas, quando a Suprema Corte decidiu proibir que Sharif e seu irmão, Shahbaz, sejam eleitos para cargos públicos. Shahbaz Sharif é ministro em sua província, Punjab.

No sábado, em um ato conciliatório, a Suprema Corte concordou em reconsiderar a decisão.

Segundo o analista da BBC, M Ilyas Khan, a relutância do governo em reinstaurar os juízes se deve a um suposto compromisso assumido com Musharraf em março de 2008, que possibilitou a restauração do estado de direito no país. Segundo Khan, o PPP deu a entender ao PML-N que isso exigiu um acordo para que Musharraf não seja processado. Se os juízes forem recolocados em seus cargos, o acordo poderá cair por terra.

Além da rivalidade com Zardari, Sharif também tem velhas contas a acertar com o general. Ele consideraria a volta dos juízes o primeiro passo para atingir Musharraf, que derrubou o seu governo em um golpe militar em 1999.

A instabilidade política no Paquistão ocorre em um momento que o país enfrenta uma crise econômica e a crescente insurreição de militantes islamistas do noroeste do país.

 

BBC

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