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Fidel pede devolução de Guantánamo e acusa Obama de agir com soberba

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HAVANA – O ex-presidente de Cuba Fidel Castro acusou o presidente dos EUA, Barack Obama, de ser "soberbo" e de cometer "abuso" por não devolver a Havana a base naval de Guantánamo, que ele disse pretender fechar em um ano. Fidel fez as declarações em artigo da série "Reflexões" publicado nesta sexta-feira na ilha comunista.

"Manter uma base militar em Cuba contra a vontade do nosso povo viola os princípios mais elementares do direito internacional. É uma faculdade do presidente dos EUA acatar essa norma sem qualquer condição. Não respeitá-la constitui um ato de soberba e um abuso do seu imenso país contra um pequeno país", escreveu Fidel, que, doente, cedeu o poder ao irmã Raúl Castro em 2006. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também disse que os EUA deveriam deixar o território cubano.

O artigo tem o título de "Decifrando o pensamento do novo presidente dos Estados Unidos". Na primeira frase, Fidel dá a resposta: "Não é muito difícil. Depois de tomar posse, Barack Obama declarou que a devolução do território ocupado pela Base Naval de Guantánamo ao seu legítimo dono deveria depender, primeiramente, se afetasse ou não minimamente a capacidade defensiva dos EUA".

Obama, segundo Fidel, dizia ainda que, para devolver a base a Cuba, "deveria considerar que concessões a parte cubana aceitaria para essa solução, o qual equivale à exigência de uma mudança no seu sistema político, um preço contra o qual Cuba lutou durante meio século". Fidel escreveu que o presidente americano está oferecendo "adoçantes similares" à Rússia, à China, à Europa, à América Latina e ao resto do mundo.

Cuba, então recém-independente, alugou indefinidamente aos EUA a base no sudeste da ilha em 1903, após a vitória americana contra os colonizadores espanhóis em uma guerra do final do século XIX. O regime comunista alega que a base foi tomada ilegalmente, e por isso se recusa a descontar o cheque anual do aluguel, uma quantia simbólica. Em 2001, o governo de George W. Bush transformou parte da base em uma prisão para os suspeitos de terrorismo, motivo de críticas generalizadas de militantes de direitos humanos.

Fidel acusou, ainda, Obama de "compartilhar do genocídio contra os palestinos" que, segundo ele, estaria sendo cometido por Israel. Para ele, Obama e o seu vice, Joe Biden, "apoiam de forma decidida a relação entre Estados Unidos e Israel e consideram que o incontrovertível compromisso no Oriente Médio deve ser a segurança de Israel". Após tomar posse, o líder de Washington afirmou que os EUA mantêm o compromisso com a segurança de Israel, mas que buscariam negociações para a coexistência dos Estados israelense e palestino.

PB Agora com agências internacionais.

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