Author / Gage Skidmore
As tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos entrarão em vigor no dia 1º de agosto. A confirmação foi feita neste domingo (27) pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em entrevista à Fox News Sunday. Ele foi enfático ao afirmar que não haverá mais adiamentos para a medida.
“Com certeza não haverá mais prorrogações, não haverá mais [período de] carência. As tarifas estão programadas para o dia 1º de agosto. Colocaremos a Alfândega para começar a coletar o dinheiro”, declarou Lutnick.
O secretário ainda sinalizou que o presidente Donald Trump continua aberto ao diálogo com “grandes economias”, mas ponderou que eventuais negociações podem enfrentar obstáculos.
“As pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. Até lá, acho que o presidente vai falar com muitas pessoas. Se elas podem fazê-lo feliz é outra questão”, disse.
A taxação foi anunciada no último dia 9 de julho, por meio de uma carta enviada por Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No texto, o presidente norte-americano justificou a medida alegando que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sendo alvo de perseguição política no Brasil.
A tarifa é parte de um pacote de pressões diplomáticas e comerciais adotadas pelos EUA. Além da sobretaxa, o governo Trump abriu uma investigação interna sobre práticas comerciais brasileiras consideradas por eles como “desleais”, com críticas explícitas ao sistema de pagamentos instantâneos Pix. Também foi revogada a concessão de vistos ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a seus familiares e a aliados na Corte.
O governo brasileiro busca conter os impactos da medida com esforços diplomáticos e institucionais. O presidente Lula afirmou na última sexta-feira (25) que está disposto a dialogar com Trump e declarou acreditar que o líder norte-americano tenha sido “induzido a acreditar em uma mentira”.
A diplomacia brasileira está sendo liderada pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Um comitê também foi criado para discutir os efeitos das tarifas com o setor produtivo brasileiro e buscar alternativas que mitiguem os prejuízos.
A expectativa é de que os novos tributos afetem significativamente diversos segmentos da exportação brasileira.
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