O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pela explosão de um caminhão-bomba em um mercado popular da região de Khan Beni Saad, no nordeste de Bagdá, capital do Iraque, na sexta-feira (17). O ataque deixou ao menos 97 mortos e 130 feridos.
Os civis atingidos se reuniam no local para celebrar o fim do mês sagrado do Ramadã.
Conforme levantamento divulgado neste sábado (18) por uma fonte de segurança local à Agência Efe, há também 20 desaparecidos, cujos corpos podem ter desintegrado por causa da força da explosão no mercado, que estava lotado no momento do ataque, explicou a fonte.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado na noite de sexta-feira (17) através do Twitter. Os jihadistas afirmaram que o atentado foi realizado por um suicida iraniano, que detonou um veículo carregado com três toneladas de explosivos.
Além das vítimas, 50 lojas foram completamente destruídas e 70 veículos ficaram carbonizados pela explosão, que abriu uma grande cratera no solo.
O grupo extremista disse que o ataque matou 180 milicianos xiitas que estavam perto da mesquita de Al Rasul al Aadam, próxima ao mercado popular, e causou também uma grande destruição na região.
Uma fonte de segurança em Bagdá assegurou à Efe que a maior parte das vítimas é civil. Eles faziam compras no mercado alvo do atentado, movimentado por causa do final do mês sagrado do Ramadã.
As autoridades locais formaram uma comissão para investigar o ataque e averiguar como o caminhão-bomba conseguiu chegar até o local, apesar das medidas de segurança adotadas pelo encerramento do Ramadã e da festividade religiosa do Eid al-Fitr.
Muzanna al Tamimi, governador da província de Diyala, onde aconteceu o atentado, declarou três dias de luto e suspendeu todas as celebrações do Eid al-Fitr.
As medidas de segurança na região foram reforçadas por causa da celebração religiosa, na qual as famílias vão a praças, parques e mercados para comprar doces e presentes, especialmente à noite.
Khan Beni Saad fica a 50 quilômetros ao sul da cidade de Baquba, capital da província de Diyala, e sua população é majoritariamente xiita, ramificação do islã que costuma ser alvo dos atentados cometidos por grupos sunitas radicais.
Esse foi um dos atentados mais mortíferos desde que o grupo jihadista conquistou amplas regiões do país e proclamou um califado nas zonas controladas tanto no território iraquiano como na Síria.
G1
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