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Especialista fala sobre as mudanças climáticas na PB: “Afetam não só os ecossistemas naturais, mas também as cidades”

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O impacto adverso da humanidade sobre o clima é a “constatação de um fato”, declaram cientistas da Organização das Nações Unidas (ONU) em um estudo histórico. O relatório diz que as emissões contínuas de gases do efeito estufa podem romper um importante limite de temperatura em pouco mais de uma década. Para falar sobre esse tema em especial seus efeitos na Paraíba o professor da UFPB e oceanólogo Gilberto Alves.

Os autores também mostram que um aumento do nível do mar de cerca de dois metros até o final deste século “não pode ser descartado”. Mas há uma nova esperança de que reduções profundas nas emissões de gases de efeito estufa possam estabilizar o aumento das temperaturas. Essa avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) está em um documento de 42 páginas conhecido como Sumário para os Formuladores de Políticas. Esse é o primeiro de uma série de relatórios que serão publicados nos próximos meses. Também é a primeira grande revisão da ciência das mudanças climáticas desde 2013.

“Esses efeitos são preocupantes porque afetam não só os ecossistemas naturais, mas também as cidades. Com o aumento das temperaturas nas cidades, será necessário aumentar o consumo de energia elétrica. Nosso país faz parte da região tropical, que se caracteriza por ter áreas costeiras a menos de dois metros do nível do mar e irá sofrer as consequências”, disse Gilberto destacando que na Paraíba, o aquecimento global terá como consequências mudanças no padrão pluviométrico, em que o número de dias com chuva tende a reduzir – ou seja, teremos um período seco muito maior – aumento da evaporação da água dos reservatórios, aumento de áreas suscetíveis ao processo de desertificação, e aumento do processo de erosão marinha.

Fatos-chave do relatório do IPCC

  • A temperatura da superfície global foi 1,09ºC mais alta na década entre 2011-2020 do que entre 1850-1900
  • Os últimos cinco anos foram os mais quentes já registrados desde 1850
  • A recente taxa de aumento do nível do mar quase triplicou em comparação com o período entre 1901-1971
  • A influência humana é “muito provavelmente” (90%) o principal impulsionador do derretimento global das geleiras desde a década de 1990 e da diminuição do gelo marinho do Ártico
  • É “praticamente certo” que extremos de calor, incluindo ondas de calor, tornaram-se mais frequentes e mais intensos desde a década de 1950, enquanto os eventos frios se tornaram menos frequentes e menos graves

Da Redação

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