Erdogan é reeleito presidente da Turquia em segundo turno apertado

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O atual presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan venceu a concorrência para a presidência durante eleição ocorrida neste domingo (28) e conquistou a reeleição, segundo a agência estatal do país.

Até a última atualização da reportagem, 99,66% das urnas já haviam sido apuradas e Erdogan vencia por 52,13% dos votos, contra 47,87% de seu adversário, Kemal Kilicdaroglu.

Antes mesmo do anúncio oficial, Erdogan já havia reivindicado vitória e deu um discurso em frente à sua casa.

“Gostaria de agradecer a cada membro de nossa nação que mais uma vez nos transmitiu a responsabilidade de governar a Turquia pelos próximos 5 anos”, disse ele diante de apoiadores na frente de sua casa.

“O único vencedor é a Turquia”, disse o presidente que está no poder há vinte anos.

Com a apuração já bastante avançada, o adversário Kilicdaroglu afirmou que “estas foram as eleições mais injustas em anos” na Turquia. O candidato derrotado também considera que o resultado mostrou o desejo da população turca de mudar um governo autoritário.

“Peço que continuem na luta pela democracia”, declarou Kilicdaroglu, dizendo que também continuará batalhando.

A vitória de Erdogan contraria as pesquisas iniciais de intenção de voto, que indicavam uma possível derrota arquitetada, principalmente, por uma forte aliança de seis partidos em torno de um candidato comum, Kilicdalogru, e a performance do presidente turco durante os terremotos que atingiram o país no início do ano e deixaram mais de 50 mil mortos.

Erdogan pode assim sair fortalecido rumo à terceira década de governo, na qual especialistas indicam mais medidas autoritárias, uma aproximação da Rússia e afastamento da Europa e dos Estados Unidos.

No primeiro turno, Erdogan, conquistou 49,5% dos votos, não formando maioria e levando a um segundo turno das presidenciais. Kilic alcançou 44,9% e tem um grande desafio pela frente.

Cédula de votação mostra opções para a presidência na Turquia. Na foto, Recep Tayyip Erdogan e Kemal Kilicdaroglu são opções — Foto: Hannah McKay/REUTERS

Membro da Otan, a Turquia, com 85 milhões de habitantes, ocupa uma posição importante e muito estratégica na aliança militar, pela sua peculiaridade geográfica. O país fica na fronteira entre o Ocidente e Oriente. Uma pequena parte do seu território esta na Europa e grande parte na Ásia.

Estas eleições decidem não apenas quem lidera a Turquia, mas também como ela é governada, para onde sua economia irá depois de sua moeda cair para um décimo de seu valor em relação ao dólar em uma década, e a forma de sua política externa, que viu a Turquia enfurecer o Ocidente ao cultivar laços com a Rússia e os países do Golfo.

No primeiro turno, metrópoles como a capital Ancara e Istambul, Izmir, na costa oeste, e o leste, com a maioria curda, votaram majoritariamente na oposição. O centro do país, o coração conservador do país, defende Erdogan.

A direita religiosa, que representa mais da metade da sociedade turca, se reconhece em Erdogan, que tem nas mãos a maioria dos órgãos da imprensa do país.

Quem é Erdogan

Recep Tayyip Erdogan, de 69 anos, já está há mais de duas décadas à frente da Turquia, pois atuou anteriormente como primeiro-ministro e agora busca seu terceiro mandato consecutivo como presidente. Nenhuma eleição, entretanto, foi tão disputada como a deste ano.

Um nome chave na corrida eleitoral do segundo turno é o terceiro colocado. Sinan Ogan, político de direita e perfil nacionalista, decidiu apoiar Erdogan e a expectativa é que seus mais de 5% de eleitores defina o pleito.

No entanto, o discurso conservador do candidato distancia principalmente as mulheres e os jovens que estão descontentes com o atual presidente — e o impacto desses grupos pode ser significativo.

A faixa etária de 18 a 25 anos, por exemplo, representa 15% do eleitorado e, de acordo com um estudo de 2022 apoiado pela Fundação Alemã Konrad Adenauer, 62,5% deles estavam insatisfeitos com o governo de Erdoğan.

Informações do G1

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