retor-geral da LaMia, companhia aérea do avião com a delegação da Chapecoense que caiu na Colômbia na semana passada, foi detido nesta terça-feira (6) na Bolívia.
Segundo o jornal "El Deber", outros dois funcionários da empresa também foram detidos e levados junto com Gustavo Vargas Gamboa, o diretor-geral, à sede da procuradoria de Santa Cruz par aprestar depoimento. Ainda de acordo com o jornal, a Direção Geral da Aeronáutica Civil do país confiscou documentos e caixas da empresa, e seus escritórios estão interditados.
A empresa é investigada pelo acidente que deixou 71 mortos e 6 feridos. Uma das principais hipóteses discutidas é que o avião colidiu com o solo devido à falta de combustível próximo a conseguir pousar no aeroporto de Rionegro, em Medellín, Colômbia.
De acordo com a agência de notícias Efe, Vargas é um ex-militar da Força Aérea da Bolívia que entre 2001 e 2007 foi piloto de vários presidentes, incluindo o atual, Evo Morales.
As detenções aconteceram na véspera de uma reunião, em Santa Cruz, de autoridades judiciais de Bolívia, Brasil e Colômbia que investigam a tragédia com o único avião da Lamia.
Irregularidades
O governo boliviano encontrou indícios de irregularidades no funcionamento e nas operações do avião da LaMia, afirmou o ministro de Obras Públicas e Serviços, Milton Claros.
Como primeira medida, ele suspendeu a licença da companhia aérea, demitiu altos funcionários aeronáuticos da empresa, e iniciou uma investigação quanto a procedência dos controladores de voo do país.
A LaMia argumentou na Bolívia que a aeronave, um BA-146 modelo RJ85, devia ter sido reabastecida em Cobija, no extremo norte do país, para então prosseguir em sua rota até a Colômbia.
Mandado de prisão
"O capitão Quiroga, que era o piloto do avião acidentado, tinha um julgamento pendente com a Força Aérea Boliviana, tendo, inclusive, um mandado de prisão", afirmou nesta segunda o ministro boliviano da Defesa.
Segundo um dos sobreviventes do acidente, o boliviano Erwin Tumiri, o piloto da LaMia não alertou aos passageiros sobre a situação de emergência e nem sobre a falta de combustível.
"Todos acreditávamos que iríamos aterrissar", declarou o técnico de voo boliviano Tumiri, durante coletiva de imprensa na segunda-feira (5) em Cochabamba (centro), onde se recupera das lesões.
Refúgio no Brasil
Uma funcionária boliviana da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia), Celia Castedo Monasterio, que disse ter alertado a LaMia de que o combustível do voo da Chapecoense era insuficiente, pediu refúgio em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, porque estaria sofrendo ameaças na Bolívia após o acidente. Ela disse que não tinha autonomia para impedir que o voo decolasse.
Na delegacia da PF, Celia recebeu um documento provisório, uma espécie de RG, que ela vai poder usar durante um ano no Brasil como uma imigrante legal. Ela ficou quase 15 horas sendo atendida por procuradores no Ministério Público Federal (MPF), em Corumbá, na segunda-feira.
Celia foi indiciada pelas autoridades da Bolívia, que abriram formalmente uma investigação para saber se houve negligência da funcionária.
G1
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