O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, supervisionou um teste bem-sucedido de um novo sistema antiaéreo, anunciou neste sábado (2) a agência oficial norte-coreana KCNA.
Este é o mais recente de uma série de testes de mísseis realizados recentemente por Pyongyang em um contexto de forte tensão na península dividida.
Foi anunciado por ocasião da cúpula sobre segurança nuclear realizada em Washington.
"Kim dirigiu o teste de um sistema antiaéreo teleguiado de um novo tipo e, sob sua observação, foram lançados foguetes antiaéreos que impactaram com precisão falsos alvos aéreos inimigos", indicou a KCNA.
No dia 29 de março, a Coreia do Norte testou um míssil de curto alcance na costa leste do país. O míssil foi disparado próximo da cidade costeira de Wonsan, percorreu cerca de 200 quilômetros rumo ao nordeste e "fez contato" com o território continental, afirmaram os militares da Coreia do Sul em um comunicado.
Kim Jong Un presidiu uma série de lançamentos de mísseis de curto alcance nas últimas semanas, o que a mídia estatal da Coreia do Norte caracterizou como uma reação a sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em função de seu quarto teste nuclear em janeiro passado.
A Coreia do Norte seguirá em frente com seus programas nuclear e de mísseis balísticos, desafiando os Estados Unidos e seus aliados, afirmou So Se Pyong, embaixador norte-coreano na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, à Reuters na sexta-feira (1), dizendo que no momento existe um estado de "semi-guerra" na dividida península.
So Se Pyong criticou os grandes exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul em andamento, que disse terem como meta a "decapitação da liderança suprema da República Popular Democrática da Coreia".
A Coreia do Norte realizou um quarto teste nuclear no dia 6 de janeiro e lançou um foguete de longo alcance em fevereiro. Também nesta sexta-feira, os militares sul-coreanos afirmaram que seu vizinho do Norte disparou um míssil no mar ao longo de sua costa leste.
"Se os Estados Unidos continuarem, temos que adotar contramedidas também. Temos que desenvolver, e temos que usar mais dissuasão, dissuasão nuclear", disse em uma entrevista So, que também é o enviado de Pyongyang à Conferência sobre o Desarmamento, patrocinada pela ONU.
G1
Foto: KCNA / AFP
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