Chega a 31 o número de mineiros que já deixaram hospital no Chile
Três dos trabalhadores já haviam deixado o hospital, na quinta-feira (14).
Os dois que permanecem em tratamento serão transferidos, disse médica.
Os 33 mineiros resgatados na quarta-feira após 69 dias presos em uma mina receberam alta do Hospital de Copiapó nesta sexta-feira (15), com exceção de dois, transferidos para outro centro médico para seguir com tratamentos, informou a diretora do serviço de Saúde do Atacama, Paola Neumann.
Deixaram o hospital nesta sexta 28 mineiros, que se somam aos três que receberam alta ainda na noite da quinta-feira (14). De acordo com a médica, os únicos que não receberam alta foram transferidos para outro hospital, mas seus casos não são de alta complexidade médica.
Um deles, segundo o jornal chileno "La Tercera", seria Mario Sepúlveda, que teria apresentado problemas de visão. O segundo mineiro, que não foi identificado pela médica, segue internado com problemas dentais.
A maioria dos mineiros deixaram o hospital no mesmo instante em que a médica concedia a entrevista, evitando o assédio dos veículos de imprensa em frente ao hospital. Segundo o "La Tercera", pelo menos 20 já teria deixado o hospital até 16 horas de forma incógnita, evitando sair pela porta principal, onde se concentravam os jornalistas.
Situação ‘satisfatória’
Mais cedo, o subdiretor do hospital de Copiapó, Jorge Montes, havia dito que pelo menos dez dos 33 mineiros resgatados deixariam o hospital no qual foram tratados após a operação de salvamento.
Segundo Montes, a situação dos mineiros era "bastante satisfatória". "Tudo saiu como esperávamos", disse. Ele também disse que os mineiros que apresentavam problemas respiratórios e oftalmológicos melhoraram.
Na véspera, os chilenos Edison Peña e Juan Illanes e o boliviano Carlos Mamani foram os primeiros mineiros a receber alta, às 22h.
‘Não somos artistas’
Ao chegar em casa, Edison Peña revelou que o grupo passou muito mal durante a reclusão na mina. "Não acreditava que iria voltar".
Peña agradeceu "a todos os que acreditaram que estávamos vivos". O grupo de 33 mineiros ficou 17 dias sem contato sob a terra, até ser localizado por uma sonda, quando poucos acreditavam em sobreviventes.
O mineiro disse que "está bem, super saudável", e por isto foi um dos primeiros a sai" do hospital.
Diante da multidão formada na frente de sua casa, Peña abriu caminho dizendo: "não somos artistas nem nada, somos gente comum".
O mineiro agradeceu "todas as orações das pessoas", que "nos davam mais coragem para esperar" o resgate.
G1
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