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Após libertações, Uribe diz que não se deixará enganar por Farc

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O presidente colombiano, Alvaro Uribe, advertiu que não se deixará enganar pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e reafirmou sua política de luta contra a guerrilha. Uribe anunciou ainda que logo no início desta quarta-feira, 4, entrará em contato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para agradecer pelo apoio na missão de recuperação dos reféns.

 

O chefe de Estado colombiano disse que insistirá no cerco humanitário sobre a guerrilha para viabilizar a soltura dos 22 membros da polícia que permanecem em poder do grupo. "Seguimos com essa tarefa, e chegará um momento no qual ou os soltam, ou os recuperamos", advertiu Uribe nos arredores na casa em Villavicencio, cidade do centro colombiano, do ex-governador Alan Jara, libertado pelas Farc na terça-feira. "Tenho a responsabilidade com os colombianos de não deixar nos enganar pelos terroristas", disse o presidente.

 

 

O presidente se reuniu por mais de uma hora com Jara, que antes tinha declarado, em uma tumultuada coletiva de imprensa, que "Uribe não fez nada pela liberdade" dos reféns. O ex-governador, refém das Farc por mais de sete anos, afirmou também que "a atitude de Uribe não ajudou em nada a que se produzisse a troca humanitária". Uribe assegurou que respeita as declarações de Jara. "O que queremos é que se sinta alegre com seus compatriotas", disse o presidente. Uribe fez novo chamado às Farc: "Estamos prontos para a paz, não para o engano. Estamos prontos para o acordo humanitário, não para reforçar o terrorismo."

 

 

O governante reiterou que esteve disposto a buscar um acordo com os guerrilheiros, mas não à custa de pôr o país em risco. "O que eu não poderia fazer como presidente da Colômbia é tirar guerrilheiros da prisão e entregá-los às Farc para que voltem a matar", afirmou. Uribe lembrou que, faltando um acordo, também ofereceu aos rebeldes que desertassem e entregassem sequestrados uma recompensa e a liberdade condicional, mas não a anistia ou o indulto, o que a lei não permite.

 

 

Uribe afirmou que agradecerá o presidente brasileiro pelo suporte na missão. "Ligarei para o presidente Lula amanhã de manhã". A operação contou com o apoio logístico do governo brasileiro, que cedeu dois helicópteros que no domingo passado recolheram no sudoeste do país os primeiros quatro reféns, e que na quinta-feira receberá o último sequestrado. "Expresso a gratidão à senadora Piedad Córdoba, à Cruz Vermelha Internacional, ao governo do Brasil e ao presidente Lula", disse Uribe durante um encontro com a imprensa em Villavicencio.

 

 

O presidente colombiano também evitou confirmar a suposta renúncia do alto comissário governamental para a Paz, Luis Carlos Restrepo, após uma polêmica envolvendo a imprensa em Villavicencio. Uribe disse que sobre Restrepo, que coordenava a parte oficial da missão de resgate dos reféns, a única coisa que poderia falar é que "há confiança, apreço, admiração e gratidão".

 

 

Renúncia

O alto comissário para a Paz do Governo colombiano, Luis Carlos Restrepo, teria renunciado ao cargo após ter sido desautorizado em sua decisão de impedir à imprensa o acesso ao aeroporto onde desembarcou o ex-refém. Segundo a imprensa de Bogotá, Restrepo renunciou pouco após retornar de Villavicencio, cidade do centro colombiano onde o funcionário coordenava a parte oficial das missões em que os rebeldes entregaram cinco sequestrados.

 

 

Um porta-voz do Governo disse desconhecer a decisão de Restrepo de renunciar ao cargo que ocupa desde agosto de 2002, quando Álvaro Uribe assumiu a Presidência. Restrepo "apresentou sua renúncia perante o presidente Álvaro Uribe", assegura o site da revista Semana, que não cita as fontes de sua informação. A publicação diz que o alto comissário governamental para a Paz tomou a decisão após um problema com o secretário de Imprensa do governo, César Mauricio Velásquez, e com o assessor de Comunicação do Executivo, Jorge Mario Eastman.

 

 

Velásquez e Eastman, segundo a Semana, criticaram Restrepo por ter tentado impedir a cobertura jornalística no desembarque de Jara no aeroporto de Villavicencio. A decisão de Restrepo gerou forte polêmica junto à imprensa colombiana, que qualificou a medida como censura. O debate levou o governo a desautorizar Restrepo, que imediatamente retornou a Bogotá. Segundo a edição eletrônica do jornal colombiano El Espectador, a decisão de Restrepo sobre a imprensa não agradou também a Uribe, que "pediu que essa medida fosse invalidada".

estadao.com.br

 

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