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Antecipação de eleição na Ucrânia

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 O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, anunciou nesta sexta-feira (21) que o país terá eleições presidenciais antecipadas e irá voltar à Constituição de 2004, que reduz os poderes presidenciais e amplia os do Parlamento.
O anúncio foi feito em um comunicado após longas negociações entre o governo e líderes da oposição, além de Rússia e União Europeia. O texto não dá uma data para as eleições antecipadas.
Yanukovich também anunciou o início do processo para a formação de um "governo de unidade", em uma tentativa de solucionar a violenta crise política com a oposição pró-europeia, que deixou dezenas de mortos nos últimos dias.

O país mergulhou numa onda de manifestações crescentemente violentas depois que o governo de Yanukovich desistiu de assinar, em 21 de novembro de 2013, um acordo de livre-comércio e associação política com a União Europeia, argumentando que decidiu buscar relações comerciais mais próximas com a Rússia, principal aliada ucraniana.
Os protestos levaram a inúmeros confrontos que transformaram o centro de Kiev em uma praça de guerra e que já deixaram ao menos 77 mortos na capital apenas nas últimas 24 horas.

A antecipação das eleições foi negociada com três chanceleres europeus que realizam uma mediação entre o governo ucraniano e a oposição: o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, e seus colegas alemão, Frank-Walter Steinmeier, e polonês, Radoslaw Sikorski.
A pressão aumentou quando Alemanha, Estados Unidos e Rússia se pronunciaram por "uma solução política" para a crise, que está criando uma tensão digna da Guerra Fria entre Moscou e os governos ocidentais. "É preciso cessar o banho de sangue", assinalou um comunicado difundido por Berlim.
Confrontos
Armados com bastões, escudos com pregos, pedras e coquetéis molotov, centenas de manifestantes radicais enfrentaram a Polícia de Choque Berkut, que revidou com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Mas, segundo testemunhas, atiradores estavam posicionados nos altos dos prédios com fuzis.

O ministério do Interior reconheceu, posteriormente, que agentes dispararam com munição convencional, alegando que estavam protegendo suas vidas. Os disparos procederam tanto de policiais no solo quanto de agentes posicionados em prédios.
Imagens exibidas por uma rede de televisão ucraniana mostraram homens armados com fuzis, aparentemente integrantes das forças de segurança. Um deles abre fogo contra um alvo não identificado, no centro de Kiev.
"Os manifestantes foram mortos de maneira muito profissional por atiradores emboscados que atingiam as vítimas no coração, na cabeça ou na carótida", afirmou a médica Olga Bogomolets, entrevistada pela rede Kanal 5.

Após uma trégua nos confrontos, manifestantes reforçaram as barricadas no centro da cidade com tapumes e pneus, e garrafas vazias foram levadas para serem transformadas em coquetéis molotov.
Guerra Civil

"O pior cenário que podíamos prever, o de uma guerra civil, infelizmente é muito real", declarou o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk. "Mas a experiência nos mostrou que os compromissos assumidos pela administração ucraniana raramente são respeitados", ressaltou.
Enquanto isso, outros ministros das Relações Exteriores da UE, reunidos em Bruxelas, aumentaram a pressão, decidindo cancelar os vistos e de congelar os bens de autoridades ucranianas.
Risco

A agência de classificação financeira Standard & Poor’s rebaixou nesta sexta-feira a nota da Ucrânia após a violência dos últimos dias, que pode prejudicar o apoio financeiro russo e a solvência do país.
A nota da Ucrânia caiu para CCC, que corresponde a um país próximo da falta de pagamento. A perspectiva é negativa, o que significa que a agência pode rebaixar novamente a classificação a curto ou médio prazo.

G1

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