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90 mortos em terremoto no México

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 A vida para muitos se transferiu para o ar livre na cidade mexicana de Juchitan, abalada pelo terremoto, onde um terço das casas foi considerada inabitável e réplicas afugentaram as pessoas dos prédios que permaneceram de pé.

A cidade neste domingo (10) estava repleta de escombros do terremoto de magnitude 8,1 de quinta-feira, que matou 90 pessoas no México, muitas na própria Juchitan.
Autoridades de Oaxaca e Chiapas disseram que milhares de casas e centenas de escolas foram danificadas ou destruídas. Centenas de milhares de pessoas estão sem abastecimento de água.

Alguns moradores de Juchitan procuraram consolo em uma missa ao ar livre, já que muitas das igrejas estão danificadas ou interditadas até que possam ser avaliadas.
Em uma rua repleta de casas destruídas, o reverendo Ranulfo Pacheco realizou uma homília para dezenas de pessoas em bancos de madeira que foram carregados até o pátio em frente à igreja de Nosso Senhor de Esquipulas. Ele disse que muitos estavam com medo de realizar a celebração do lado de dentro da estrutura, que do lado de fora parecia intacta.

Autoridades locais disseram ter registrado quase 800 réplicas de várias intensidades desde o grande terremoto, e o Serviço Geológico dos EUA contabilizou quase 60 com magnitude 4,5 ou superior.
O governador de Oaxaca, Alejandro Murat, disse no domingo, que o número de mortos em seu estado chegou a 71, enquanto autoridades dos estados de Chiapas e Tabasco relataram mais 19 mortes.

Ruas da periferia de Juchitan ficaram congestionadas no domingo com caminhões de entulho e equipamento pesado para remover destroços. Pilhas menores eram acumuladas em montanhas maiores já acumuladas desde uma nevasca.

Equipes de soldados e policiais federais armados com pás e marretas se espalharam por bairros para ajudar a demolir os prédios condenados. Outros grupos distribuíam caixas com alimentos.

Mas a ajuda chegava mais lentamente em Union Hidalgo, uma cidade com cerca de 20 mil habitantes a cerca de 30 minutos ao leste.
Casas destruídas abriram clareiras em bairros ali, e a cidade ficou sem eletricidade, água e serviço de telefonia celular.
De pé em uma rua coberta por poças, Delia Cruz Valencia observava a demolição do que sobrou da casa de sua irmã. A irmã levou a mãe delas para tratamento médico fora da cidade antes do terremoto e não conseguiu voltar. Homens com pés de cabra arrancavam tijolos e parte do reboco para resgatar um grande guarda-roupa de madeira porque a casa estava instável demais para ser acessada pela porta.

Cruz diz que estava na casa ao lado com suas duas filhas quando o terremoto aconteceu, pouco antes da meia-noite.
“Nós três nos abraçamos, mas ainda assim estávamos nos movendo. Fomos empurradas para lá e para cá” pela terra balançando, disse.
Quando chegou à rua, viu uma nuvem de poeira subindo da casa que a irmã divide com a mãe e que foi construída por seu bisavô há um século.
“Se minha irmã estivesse ali, ela não teria sido encontrada viva”, disse Cruz, segurando as lágrimas.

G1
 

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