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Neymar salva nos minutos finais, e o Santos empata com o Barueri na Vila

Foi sufoco do início ao fim, com pressão e protestos das arquibancadas. Mas depois de estar perdendo por 3 a 1 desde o primeiro tempo, o Santos conseguiu empatar em 3 a 3 com o Barueri, nesta quarta-feira de ânimos exaltados na Vila Belmiro. O placar, conquistado nos minutos finais do jogo, foi selado por Neymar, atacante revelado nas categorias de base do time e que comemorou o gol comendo pipocas que foram atiradas pelos torcedores. Apesar do empate, o Santos segue em situação delicada no Campeonato Brasileiro.

Com Serginho Chulapa como técnico interino, o time permanece na 11ª posição, agora com 14 pontos. No domingo, o time enfrenta o São Paulo, no Morumbi, quem sabe com um novo treinador na vaga de Vagner Mancini, demitido depois da goleada sofrida por 6 a 2 para o Vitória. Já o Barueri, que quase aprontou das suas novamente na competição, permanece na quinta posição, com 18 pontos. Também no domingo, o time de Estevam Soares recebe o Náutico.

Protestos, vaias e Michael Jackson

Pressionado, o Santos de Serginho Chulapa apareceu em campo com a dupla Kléber Pereira e Roni no ataque. Mas foi o Barueri que assustou desde os primeiros momentos. Aos seis minutos, Leandro Castán cabeceou, e Douglas precisou se esticar todo para espalmar para fora. Um minuto depois, foi a vez de Thiago Humberto testar a frágil defesa santista. E novamente o camisa 1 conseguiu defender.

Mas logo Douglas causou arrepios nos torcedores, ao sair com os pés para evitar que Val Baiano abrisse o placar, aos 9 minutos. No entanto, três minutos depois disso, ele não conseguiu conter o Barueri. Em uma bobeira de Fabão na área, o camisa 9 do time da Grande São Paulo se aproveitou do erro para fazer 1 a 0.

E não houve tempo para uma reação santista, pois, aos 17 minutos, Fernandinho ampliou para o Barueri. Depois de passar fácil por Wagner Diniz e Fabão, o atacante bateu forte, sem chances para Douglas. E assim surgiam as primeiras vaias na Vila Belmiro.

O clima chegou a ficar um pouco mais ameno, quando Madson descontou para o Peixe, em cobrança de falta, aos 26 minutos. Depois de muita comemoração com o interino Serginho Chulapa, que foi abraçado por todos, o Santos voltou a levar novo baque.

Fernandinho recebeu nas costas de Wagner Diniz, driblou e cruzou para Val Baiano marcar seu segundo gol na partida, fazendo 3 a 1 para o Barueri, aos 29 minutos. O lateral-direito santista acabou sendo substituído depois disso.

Depois, não houve mais ambiente para paz na Vila Belmiro. Dos momentos finais da primeira etapa até a saída de todo time para os vestiários, eram gritos de "Time sem vergonha" e "Marcelo Teixeira, com esse time você está de brincadeira".

– Absurdo o nível de jogo que estamos apresentando – disse o goleiro Douglas.

Na tentativa de melhorar o clima dos torcedores, as meninas animadoras entraram em campo com saias minúsculas e pompons nas mãos. A escolha da trilha homenageou Michael Jackson, morto há quase três semanas.

Vaias na Vila vazia e empate suado

Na segunda etapa, o Santos voltou pressionando mais o adversário. E logo no primeiro minuto o Barueri perdeu Ralf pelo segundo amarelo, depois que o meia cometeu falta em Madson.

Na tentativa de diminuir a diferença, Rodrigo Souto fez a torcida santista se agitar, depois que seu chute encontrou o travessão de Renê. Mas a busca pelos gols continuava desordenada. Um exemplo foi uma arrancada de Paulo Henrique Lima, que se viu solitário entre os atletas rivais e, quando tentou passar a bola para Kléber Pereira, foi barrado pelos defensores do Barueri.

Enquanto isso, o time de Estevam Soares, bem armado em campo mesmo com um homem a menos, se aproveitava dos contragolpes para tentar ampliar a conta. Desesperado, Serginho Chulapa fez mudanças ousadas na equipe. Depois de tirar Roni e colocar Róbson no time, ele trocou o zagueiro Fabão pelo atacante Neymar. E a insatisfação seguia na Vila Belmiro, com os pouco mais de 3 mil torcedores protestando contra Marcelo Teixeira.

Com o ataque mais leve, o Peixe chegou diversas vezes na área do Barueri. Mas a pontaria não foi o forte dos santistas na noite desta quarta-feira. Em boa jogada com Paulo Henrique Lima, Róbson chutou cruzado, mas a bola bateu no travessão de Renê, aos 28 minutos.

Na tentativa de Kléber Pereira, um lance bizarro. O camisa 9 santista, alvo constante de críticas da torcida, dominou a bola, mas seu chute saiu torto, longe da trave direita de Renê. O atleta ainda cobrou um toque da arbitragem, na tentativa de conquistar um escanteio. E ouviu novas vaias da torcida.

E a reclamação dos torcedores só mudou aos 35 minutos, e mesmo assim por alguns segundos, quando Róbson diminuiu para 3 a 2. Leandro Castán cometeu lance perigoso, e o Santos teve uma falta em dois toques a seu favor. Após a cobrança, o meia alvinegro aproveitou rebote de Renê e completou para as redes.

Na base da pressão, o Santos partiu para o tudo ou nada nos minutos finais. E conseguiu arrancar um empate com Neymar. Após cruzamento, ele subiu sozinho e completou contra a meta de Renê. Na comemoração, pegou algumas pipocas que haviam sido atiradas pela torcida e comeu. Foi o terceiro instante de alegria na Vila, que protestou mesmo com a igualdade no placar.
 

globoesporte.com

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