Em um jogo emocionante do primeiro ao último minuto, os goleiros de Náutico e Sport brilharam e seguraram o placar de 0 a 0 nos Aflitos. Como a vantagem beneficiava o Leão, o time de Nelsinho Baptista se segurou como pôde até o apito final e garantiu a conquista do tetracampeonato pernambucano. A campanha invicta nesta edição do Estadual confirma a hegemonia da equipe da Ilha no Estado. São sete turnos seguidos conquistados pelo clube.
Timbu começa com tudo, mas para nas mãos de Magrão
Quem pensou que a escalação de quatro zagueiros por Waldemar Lemos resultaria em um Náutico na retranca se enganou feio. Logo no primeiro minuto Adriano Magrão desceu pela esquerda e encontrou Carlinhos Bala livre. O atacante quis dominar a bola e permitiu que Daniel Paulista chegasse a tempo de travar a jogada.
Na pressão alvirrubra, Igor cometeu falta em Adriano Magrão perto da área. Na cobrança, Gilmar mandou na rede pelo lado de fora.
O Sport devolveu o susto com Hamilton, que chutou forte por cima do travessão. Na sequência, Wilson desceu pela esquerda e cruzou para a área, mas Vandinho não aproveitou a boa jogada.
Aos 11 minutos, a torcida do Timbu pediu pênalti. Adriano Magrão disputou a bola com Durval e caiu na área, porém o árbitro não marcou nada. Quando o Sport tentou responder, sofreu falta. Na cobrança de Paulo Baier, Eduardo afastou o perigo de soco.
O Náutico voltou a pressionar. Primeiro, Adriano Magrão girou bonito dentro da área, mas chutou prensado. Em seguida, Wellington fez o cruzamento, e Galiardo, mesmo com o goleiro caído no chão, conseguiu mandar a bola para fora.
Em uma falha de Gladstone, Dutra recuperou a posse de bola para o Leão e cruzou na medida para Wilson. O atacante cabeceou, e a bola passou raspando na rede pelo lado de fora.
Curtindo uma de atacante, Galiardo se mandou para a frente, fez fila, mas isolou na hora da conclusão. Gilmar ainda tentou mais uma vez em cobrança de falta, sem sucesso.
Com 28 minutos, Wilson e Vandinho fizeram uma boa tabela, que parou no corte de Wellington. A jogada rubro-negra fez o time de Waldemar Lemos reagir mais uma vez. Gilmar recebeu na área e mandou uma bomba em direção ao gol de Magrão. César interceptou o lance e evitou a comemoração adversária. Cinco minutos depois, foi a vez de Daniel Paulista impedir o gol do artilheiro alvirrubro.
Sem dar chances para o Leão respirar, Gladstone chutou com força de fora da área, obrigando o arqueiro rubro-negro a fazer ótima defesa e mandar para escanteio.
Paulo Baier tentou mais uma vez em jogada de bola parada, mas não foi feliz. Já nos acréscimos, Hamilton surgiu no ataque, fez a finta e chutou, da entrada da área, para a defesa de Eduardo.
Sport melhora, mas não marca
O Timbu voltou na segunda etapa com o mesmo pique. Gilmar tentou pegar de primeira, mas não acertou o tempo da bola e bateu fraco, facilitando para Magrão. Instantes depois, Gilmar, de novo, tentou dar o drible da vaca e caiu sozinho na área.
Com 4 minutos, Moacir foi puxado na área, mas o árbitro Héber Roberto Lopes mandou seguir. Logo depois, Wilson chegou com perigo, mas foi pego em impedimento. Mais pressão rubro-negra: Paulo Baier jogou a bola na área, Eduardo se antecipou e evitou a conclusão de Ciro, que entrou no lugar de Vandinho.
O Náutico respondeu com Galiardo. O volante passou por dois jogadores, mas pecou, mais uma vez, na hora de finalizar. No contra-ataque, Wilson parou nas mãos do goleiro alvirrubro. Hamilton voltou a oferecer perigo segundos depois, porém seu chute desviou na zaga. Ciro ainda teve a sua chance, mas Vágner se esticou a tempo de evitar a comemoração do xodó rubro-negro.
Leão segura a vantagem até o fim e garante o tetra
Empolgado com o bom momento, Wilson chutou de fora da área, mas a bola explodiu na zaga do Timbu. Um minuto depois, Ciro girou bonito e obrigou Eduardo a fazer milagre. Aos 26, foi a vez de Paulo Baier arriscar de longe e mandar por cima do travessão.
Galiardo ainda tentou mais uma vez antes de ser substituído por Kuki. Na base do tudo ou nada, até Eduardo se mandou para a área do Sport. González cobrou falta, mas ninguém aproveitou a cobrança. Segurando a posse de bola, o Rubro-Negro administrou a vantagem até o apito final, quando a torcida do Leão incendiou os Aflitos aos gritos de "É tetra!".
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