A reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) divulgou um comunicado oficial sobre a queda no orçamento da instituição para o ano de 2025. De acordo com o documento, a universidade vai sofrer um corte de 4,68% em relação aos valores referentes a 2024, o que equivale a uma redução de R$7.826.984,00.
A direção da UFPB expressou preocupação diante do cenário, que também incluiu as demais Instituições Federais de Ensino Superior.
“A sanção da Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano confirma a continuidade da limitação de recursos destinados à educação superior, realidade que impõe desafios ao funcionamento das universidades públicas. O orçamento aprovado para o ano de 2025 foi de R$159.497.398,00. Em comparação com o orçamento aprovado na PLOA, o corte nos valores orçamentários foi de 4,68%, o que equivale a uma redução de R$7.826.984,00. O maior impacto dos cortes foi nas despesas de capital”, descreveu o comunicado.
Segundo a reitoria, o novo orçamento não contempla os reajustes mínimos necessários à recomposição inflacionária. “A insuficiência orçamentária compromete a autonomia universitária e inviabiliza o pleno desenvolvimento das atividades acadêmicas, administrativas e de infraestrutura. Ao compararmos o orçamento de 2025 com o de 2024, verifica-se uma redução de R$3.285.512,00, o que dificulta a gestão de contratos e despesas de custeio e capital, como auxílios, bolsas, serviços terceirizados, contas de água e energia, além da manutenção”, acrescenta o documento.
Além desse cenário, outro agravante mencionado pela instituição é a progressiva redução dos recursos discricionários, principalmente os valores que são utilizados para à aquisição de bens permanentes e à manutenção da estrutura física e tecnológica da universidade.
A direção da UFPB esclareceu que está realizando um replanejamento financeiro e revisando despesas em diversas áreas. Os ajustes devem ser apresentados para discussão nos conselhos superiores da universidade, mas reforçou que a manutenção desse cenário coloca em risco a continuidade de serviços essenciais à comunidade acadêmica.
PB Agora