Moradores da residência universitária da UFPB revelam dramas sofridos

O represamento de recursos aos longo do ano de 2019 e inicio de 2020, pelo Governo Federal, no tocante as universidades federais do país, vem impondo uma dura realidade aos estudantes destas instituições. Na Paraíba, os estudantes residentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), revelaram a imprensa radiofônica da capital as dificuldades por que passam nos últimos meses. Vale ressaltar que semana passada a UFPB, através da Pró-Reitoria de Administração, informou aos alunos da instituição que a verba referente aos auxílios estudantis atrasados foi liberada pelo Ministério da Educação (MEC) na última quinta-feira (30) e em até dois dias úteis eles devem receber o valor em questão.

Mas esses constantes atrasos nos repasses do auxílio-moradia de R$ 330,00 e auxílio-refeição é de R$240,00, vem tirando o sono de muitos estudantes como, o estudante do curso de Letras, Adler Dias, reside na universidade há quase três anos. “A gente gasta pra se manter. Precisamos de materiais de higiene, de limpeza, roupa de cama, etc. […] Gastamos com passe de ônibus, porque não ficamos só em casa, nós também somos moradores da Grande João Pessoa. Teve galera que foi despejada e teve um pessoal daqui da residência realmente passando fome. O pessoal se juntou e pediram alimentos em instituições porque não tinham nada”, comentou o estudante, que destacou outras debilidades da residência universitária, como, falta de água e problemas no RU.

Outro que se manifestou, foi o estudante de Engenharia de Materiais, Erick Santana. “A gente passa por um processo muito rígido para poder estar aqui, então quem entra aqui realmente precisa desse auxílio. Quando eles não pagam a gente, nós ficamos sem condições de subsistência alguma. Falta alimentação, faltam itens de higiene básica, nós estávamos sobrevivendo de doações. Houve servidores da UFPB, docentes, que se sensibilizaram com a situação de calamidade que estávamos passando e eles proporcionaram doações pra gente. Fomos até na Empasa pegar algumas doações de alimentos”, afirmou.

Redação