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Gastos de brasileiros no exterior e de estrangeiros no país batem recorde

 Os brasileiros gastaram mais no exterior, os estrangeiros gastaram mais no Brasil e 2012 registrou o melhor ano desde o início da série histórica do BC (Banco Central), em 1947, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (23).

A conta de viagens internacionais fechou o ano passado com deficit de US$ 15,6 bilhões, fruto de US$ 22,2 bilhões em gastos de brasileiros fora do país e de US$ 6,6 bilhões em despesas de turistas do exterior no Brasil.

Para 2013, a autoridade monetária brasileira espera uma saída ainda maior de dólares por esse canal (US$ 16,3 bilhões).

O último recorde tanto de gastos de brasileiros fora do país quanto de turistas no país havia sido batido em 2011, quando o primeiro somou US$ 21,2 bilhões e o segundo, US$ 6,5 bilhões.

"O que contribuiu para esse recorde [de gastos de brasileiros lá fora] foi o crescimento da renda, da massa salarial real, que vem crescendo em média 6%. Isso motiva, naturalmente, as despesas com viagens", disse o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel.

Em dezembro, houve aumento de 12% nos gastos dos brasileiros e redução de 11,4% nas despesas de turistas na comparação com dezembro de 2011, o que resultou em um saldo negativo de US$ 1,4 bilhão no mês.

CARTÃO DE CRÉDITO

O Banco Central informou que a participação do uso do cartão de crédito para pagar as despesas no exterior diminuiu de 60% para 55% entre 2011 e 2012.

A justificativa para a redução está na cobrança do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras). Segundo o BC, a taxa –atualmente em 6,38%– incentiva o pagamento das compras no exterior dinheiro.

Desde 2011, o governo elevou de 2,38% para 6,38% a incidência do imposto para as compras feitas com cartão para frear o consumo de brasileiros no exterior –em 2010, o gasto também havia batido recorde, com US$ 16,4 bilhões.

TRANSAÇÕES CORRENTES

Dados do BC indicam também que as transações correntes apresentaram deficit de US$ 54,2 bilhões em 2012, o equivalente a 2,4% do PIB (Produto Interno Bruto).

No mesmo período do ano anterior, o deficit foi de US$ 52,5 bilhões, o equivalente a 2,12% do PIB.

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

Os investimentos estrangeiros diretos (IED) registraram ingressos líquidos de US$ 5,4 bilhões em dezembro. No ano, o fluxo ficou positivo em US$ 65,3 bilhões, um pouco abaixo do recorde de 2011 (US$ 66,7 bilhões).

A participação no capital de empresas no país, incluindo as conversões em investimentos, somou ingressos líquidos de US$ 52,8 bilhões. Os empréstimos intercompanhias totalizaram US$ 12,4 bilhões.

RESERVAS E DÍVIDA

No conceito liquidez, as reservas internacionais totalizaram US$ 378,6 bilhões em dezembro, aumento de US$ 26,6 bilhões ante 2011. No conceito caixa, as reservas alcançaram US$ 373,1 bilhões, crescimento de US$ 21,1 bilhões na mesma comparação.

A dívida externa, por sua vez, atingiu US$ 316,8 bilhões em dezembro, alta de US$ 7,3 bilhões em relação a setembro. A dívida externa de longo prazo corresponde a US$ 279,3 bilhões e a de curto prazo, a US$ 37,5 bilhões.

Folha de São Paulo

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