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Combate ao desemprego é o grande desafio de 2021, afirmam economistas

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O maior desafio do Brasil, neste ano de 2021, será lidar com o desemprego. Mais de 30 milhões de brasileiros ganham menos do que precisam para viver com dignidade ou estão desempregados. Para evitar a explosão da pobreza, sobretudo após o fim do auxílio emergencial, o país teria de criar, pelo menos, 18 milhões de vagas, afirma economistas. Na Paraíba, o atual nível de desocupação passou de 11,6% em 2019, para 14,6% no último ano, segundo o IBGE.

Para o economista Sergio Firpo: “O que vai ocorrer, em 2021, é que a taxa de desemprego vai aumentar muito, porque pessoas fora da força de trabalho vão ingressar na busca por uma ocupação. E, apesar de haver uma retomada, vai ser insuficiente para garantir emprego para todo mundo. Também veremos um número grande de pessoas trabalhando por conta própria. As empresas encaram a contratação formal como um custo e só vão contratar quando as incertezas acabarem. Enquanto isso, todo mundo precisa sobreviver de alguma forma”, avalia. Uma boa parte dessas pessoas vai se abrigar no setor informal. Ele destaca, ainda, que, na hora de incorporar pessoas desempregadas, o mercado de trabalho deve reduzir a renda. “Elas vão aceitar empregos por salários menores ou vão se sujeitar a receber menos em ocupações informais. Então, a renda terá uma pequena queda no ano que vem”, estima.

Já o economista Rodolpho Tobler ressalta que é preciso avaliar o histórico do emprego para fazer uma projeção: “Quando a pandemia chegou, o impacto foi mais forte justamente para os informais pela necessidade de não circulação”, assinala. O isolamento também reduziu a taxa de desemprego, porque as pessoas não tinham como procurar trabalho, afirma Tobler. “O auxílio emergencial foi importante para atenuar os efeitos e tivemos até redução da extrema pobreza neste período. Mas, a taxa deve aumentar em 2021, porque, sem o benefício, uma nova renda será urgente”, afirma. Para o especialista, a expectativa é negativa porque 2021 colocará um grupo considerável de pessoas na pobreza e extrema pobreza. “A recuperação econômica não será forte o suficiente para abarcar todo mundo.”

Brasil – A taxa de desocupação no país foi recorde em 20 das 27 Unidades da Federação no ano de 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total do país, a taxa média anual subiu de 11,9% em 2019 para 13,5% em 2020, a maior da série iniciada em 2012.

Paraíba – O estado acompanhou os índices nacionais em relação à taxa média de desocupação passando de 11,6% em 2019, para 14,6% no último ano, segundo o IBGE. Contudo, na análise trimestral, o nível de ocupação no quarto trimestre (41,5%), com 1,3 milhão de pessoas ocupadas, cresceu 3,5 pontos percentuais em relação à proporção que havia sido observada no trimestre anterior. Nos últimos três meses do ano, a taxa de desocupação foi de 15,1% e, embora tenha permanecido estatisticamente estável frente ao trimestre anterior (16,8%), foi maior que a verificada no mesmo intervalo de tempo em 2019 (12,1%), sendo ainda a maior taxa para o mesmo período dos demais anos da série histórica. O número de desocupados, por sua vez, foi de 241 mil.

Informalidade – A taxa de informalidade paraibana foi de 48,8%, no quarto trimestre de 2020, a décima maior do país, mas a terceira menor do Nordeste, superior apenas às verificadas nos estados de Alagoas (43,7%) e do Rio Grande do Norte (45,6%). No setor privado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada foi de 286 mil, apontando para uma redução de 54 mil pessoas no contingente, cerca de 15,9%, diante do mesmo período do ano anterior. Já entre aqueles que não tinham carteira assinada, a queda foi ainda maior, de 28,4%, que representam 64 mil pessoas a menos empregadas dessa forma, de modo que o total chegou a 162 mil. Contudo, em ambos os casos, não houve variação estatisticamente significativa diante dos resultados constatados no terceiro trimestre de 2020.

 

Redação

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