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Brasil tem primeiro déficit na balança comercial desde 2001

A balança comercial brasileira (diferença entre o total de exportações e de importações do país, medida em dólares) registrou em janeiro seu primeiro déficit depois de uma série de 93 meses seguidos de superávit, iniciada em abril de 2001 (veja gráfico ao final do texto).  

A balança comercial brasileira (diferença entre o total de exportações e de importações do país, medida em dólares) registrou em janeiro seu primeiro déficit depois de uma série de 93 meses seguidos de superávit, iniciada em abril de 2001 (veja gráfico ao final do texto).

O saldo ficou negativo em US$ 518 milhões no primeiro mês de 2009, pior resultado desde novembro de 2000, quando o déficit foi de US$ 632 milhões. As importações caíram em janeiro, mas as exportações recuaram em um ritmo mais rápido.
 

 

As vendas de produtos brasileiros ao exterior somaram US$ 9,788 bilhões em janeiro, queda de 26% sobre o mesmo mês do ano passado. Na comparação com dezembro último, a redução do volume exportado foi de 29%.

As importações totalizaram US$ 10,306 bilhões em janeiro, o que representa um recuo de 17% em relação a período equivalente em 2008 e de 11% comparado com dezembro passado.

A sequência de superávits entre abril de 2001 e dezembro de 2008 é a maior da série histórica de dados compilados pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), iniciada em janeiro de 1959.

A marca de 93 meses seguidos de saldo positivo nunca foi ultrapassada, mas já foi alcançada uma outra vez, no período entre fevereiro de 1987 e outubro de 1994.

No entanto, um dos principais motivos do saldo positivo, naquela ocasião, era o baixo grau de abertura do mercado nacional. Com a dificuldade de trazer ao país produtos do exterior, as exportações, ainda que em pequeno volume, acabavam superando as importações.

Desta vez, desde abril de 2001, o saldo positivo foi sustentado mesmo com a forte entrada de produtos estrangeiros. O alto preço das matérias-primas (principais produtos exportados pelo país) no mercado internacional ajudou o país a manter sua balança comercial no azul.

 

UOL

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