No seu 13º ano de existência, a Associação Cultural Brasil Japão da Paraíba (ACBJ-PB) apresenta a 12ª edição do Festival do Japão para o público pessoense, nos próximos dias 16 e 17 de setembro, entre 8h30 e 21h30, na Usina Cultural Energisa. O evento prossegue com o formato da I Feira, com exposições, palestras e oficinas das artes musicais, visuais, estéticas, marciais e culinárias.
Para 2017 o Festival reserva como atração a estética musical de uma arte que remonta a ética requintada dos monges budistas, dos samurais e dos compositores cegos e que reverbera nas artes contemporâneas do mundo do teatro, da dança e dos animes. O percurso da música ao longo de sua reconstrução histórica pode apurar a recepção e compreensão do espectador para as atitudes, pensamentos e sentimentos presentes na criatividade das artes nipônicas.
Inicialmente foram convidados os músicos Miriam e Shigeo Saito, professores de koto (cítara) e shakuhachi (flauta) – ela fundadora da Miwa Seigensha do Brasil (corrente Ikuta-ryû) e ele do Grêmio Shinzan-kai da corrente Tozan-ryû – de São Paulo, que representam a continuidade do casal Miwa e Juzan Miyoshi, pioneiros da música clássica japonesa no Brasil, na década de 30. O casal Saito veio em 2004, trazendo integrantes de suas escolas para a primeira apresentação de música tradicional japonesa na capital paraibana, interagindo com o grupo de câmera formado para a ocasião por alunos e colegas da diretora cultural, do então curso de licenciatura em música da UFPB. Tal recital foi responsável por germinar a ideia de criar a Associação, pois ali foi convocada a primeira reunião da ACBJ-PB.
Posteriormente, graças ao CCTA – Centro de Comunicações, Turismo e Artes e à chefia do Depto. de Educação Musical da UFPB, outros dois músicos atuantes em São Paulo foram convidados: Hilton Cassiano e Akio Yamaoka. Hilton é o aluno mais titulado da profa. Saito e, sendo formado em História com trabalho sobre Orientalismo, logrou uma bolsa pelo Ministério da Educação Japonês, obtendo o Treinamento para Professores na Universidade de Nagasaki, entre 2015-17, quando também se aperfeiçoou em koto com a mestre Kimiko Kurokawa. O senhor Yamaoka é o atual vice-presidente da Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa e é professor da escola Meian-ryû. Nascido em Akita, iniciou o aprendizado de shakuhachi no Brasil, em 1976, e obteve habilitação de ensino pela Tozan-ryû, em 1989, em São Paulo, e pela Meian-ryû, em 2009, em Saitama. Todos os convidados são músicos presentes nas comemorações da imigração japonesa tanto no Ireisai, missa em homenagem aos antepassados, como no Geinôsai, uma vitrine de música e dança tradicional e moderna.
O repertório inclui desde a música dos komusô, monges peregrinos, passa por peças do século XV até composição de Hilton Cassiano. Além de executar solos e duos instrumentais, executarão peças da música vernacular com os grupos do Projeto Cultura Oriental, como o coro Hatsuhinode, o trio Jampakoto e o Engenho Imaginário. O professor Saito, que também pratica kendô participará da demonstração dessa arte marcial tocando shakuhachi. Assim, a música poderá nos conduzir no sensorial de diferentes tempos e propósitos: o artístico, o religioso/contemplativo e o marcial).
A novidade que o XII Festival traz é a oshibana, arte com flores naturais prensadas, com a profa. Margarida Arima, também de São Paulo. A terceira novidade é a dança do dragão com o grupo Yama no sakebi, de Limoeiro PE.
O XII Festival do Japão é uma iniciativa da ACBJ-PB, com apoio logístico da UFPB, do Escritório Consular de Recife e da Energisa.
Ascom
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