Em 21 Assembleias Legislativas do país, chega a 17 mil o número de cargos de confiança –criados sem concurso público- para deputados e setores administrativos das Casas. É o que revela reportagem de Fernando Barros de Mello, publicada neste domingo na Folha (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).
O número de cargos de confiança no Brasil ganhou destaque no Senado após a descoberta da existência de 38 funções de diretores. Só a Mesa Diretora da Assembleia do Espírito Santo, com sete deputados, tem à sua disposição 503 cargos de confiança, média de 72 vagas por deputado.
Na lista de funções, há dentistas, barbeiros, fisioterapeutas e dentistas, por exemplo. É o caso do Legislativo do Ceará, onde 18 pessoas ocupam o cargo de cirurgião dentista, 12 fisioterapeutas e nove farmacêuticos.
Em média, os parlamentares têm direito a contratar até 18 pessoas. Em todos os Estados, as verbas para contratações vão de R$ 15 mil até quase R$ 90 mil. A maior verba é a do Distrito Federal, onde cada um dos 24 deputados pode contratar até 23 funcionários, tendo para isso R$ 88,7 mil mensais.
“Não está fora de cogitação elaborar um estudo completo, feito por uma entidade ou uma fundação, para fazer esse levantamento [sobre se a estrutura de funcionários é adequada]”, diz o presidente da Assembleia do Espírito Santo, deputado Elcio Álvares (DEM).
Folha
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