Categorias: Brasil

Anunciado por Bolsonaro, dinheiro da Lava Jato para Educação ainda depende do STF

PUBLICIDADE

O presidente Jair Bolsonaro reiterou por meio do Twitter, nessa segunda-feira (20), que o governo quer repassar ao Ministério da Educação "grande parte ou todo o valor" de uma multa paga pela Petrobras nos Estados Unidos, no âmbito da Lava Jato, no valor de cerca de R$ 2,5 bilhões. A liberação desse recurso, no entanto, depende de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A possibilidade desse aporte foi lembrada na última quarta-feira (15) pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Convocado a explicar os bloqueios orçamentários no ensino superior na Câmara dos Deputados, o ministro afirmou mais de uma vez que parte da verba pode ser destinada a universidades em apuros financeiros.

"Uma parte do dinheiro que foi roubado da Petrobras está sendo recuperado. E está entrando de volta. Já está internalizado aqui no Brasil", disse Weintraub, em clima de beligerância com deputados da oposição. "O dinheiro roubado está voltando, e ele pode já servir de alívio para os reitores virem conversar com a gente", completou.

O dinheiro a que o ministro se referiu está envolto em polêmicas desde fevereiro, quando foi revelada a criação de uma fundação bilionária idealizada pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná. Após repatriar 80% do valor de uma multa que que a Petrobras pagou nos Estados Unidos – punição por ter operado ações na Bolsa de Nova York enquanto ocorria o esquema de corrupção descoberto pela Lava Jato –, o MPF fez um acordo com a estatal para abrir uma "fundação de interesse social" a ser gerida por uma entidade de direito privado. O valor que retornou ao Brasil, de cerca de R$ 2,5 bilhões, foi depositado em uma conta judicial da Caixa Econômica Federal.

O acordo foi homologado pela Justiça Federal do Paraná, mas acabou contestado na Justiça pelo PT, pelo PDT, pela Câmara e pela própria procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge. Atendendo a um pedido de Raquel Dodge, Alexandre de Moraes suspendeu, em 15 de março, o acordo entre o MPF-PR e a Petrobras.

Em 9 de abril, a procuradora-geral recomendou ao STF que revertesse os recursos para o Ministério da Educação. Embora Weintraub tenha dito que a verba poderia "dar um alívio aos reitores", a recomendação de Raquel Dodge é que o dinheiro seja investido na educação básica. A PGR também pede que nem todo o valor seja investido na área, já que parte deve ser reservada para indenizar os acionistas minoritários da Petrobras. A decisão sobre o destino dos recursos cabe a Moraes.

 

Congresso em Foco

 


Veja como adquirir a certificação digital para pessoa física sem burocracia

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Perito acusado de matar motoboy em João Pessoa faz acordo com MP e processo é encerrado

O processo contra o perito criminal Robson Félix, acusado de matar o motoboy Orlando Pereira…

30 de abril de 2024

Após rompimento com Cícero, Milanez promete independência na CMJP e pondera: “O que vier de bom terá meu apoio”

Após rompimento político com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), o vereador Fernando…

30 de abril de 2024

João Pessoa terá alteração na circulação de ônibus neste feriado do Dia do Trabalho

Neste feriado do Dia do Trabalho, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP), em conjunto…

30 de abril de 2024

Mesmo filiado ao PDT, João Almeida não terá legenda para disputar CMJP, sentencia Junio Leandro

O presidente municipal do PDT de João Pessoa, Junio Leandro, afirmou nesta terça-feira (30) que…

30 de abril de 2024

Tarifa Zero terá nova edição no primeiro sábado de maio

A Prefeitura de Campina Grande, por meio da STTP, realiza neste sábado (4) mais uma…

30 de abril de 2024

Criança de 10 anos denuncia padrasto por abuso sexual em João Pessoa

Na noite dessa segunda-feira (29), uma criança de dez anos procurou a Unidade de Polícia…

30 de abril de 2024