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Ventilador pulmonar e protetor facial desenvolvidos na UEPB ajuda a salvar vidas

Idealizador de ventilador pulmonar desenvolvido Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e fundamental para ajudar a salvar vidas nos tempos de pandemia do novo coronavírus, o professor Misael Morais disse que o equipamento tem grande importância no enfrentamento do Covid-19.

Em entrevista à rádio Campina FM, o professor explicou que o aparelho é essencial para a manutenção da vida em casos de deficiência em atividades cardiorrespiratórias, como a insuficiência respiratória, comum nos pacientes graves do novo coronavírus.

– A ideia surgiu logo que vimos a notificação do primeiro caso. Nós temos que cuidar dos profissionais de saúde para que eles não adoeçam também – explicou.

Misael enfatizou que o equipamento é fundamental para manter a vida do paciente durante o tempo em que ele não consegue fazer sozinho o movimento respiratório.

O modelo de equipamento envolve uma interface do usuário que possibilita a manipulação de diferentes variáveis utilizadas no tratamento por parte do profissional na UTI.

A iniciativa surgiu diante da necessidade do uso do equipamento em hospitais que tratam de pacientes da Covid-19 e da dificuldade de aquisição por parte dos órgãos de saúde em virtude da pandemia, do alto valor de aquisição, bem como da demanda necessária.

– Temos trabalhado intensamente para apresentar essa solução com rapidez. Estamos numa guerra contra o vírus e temos que ser rápidos no desenvolvimento de produtos que possam contribuir com os órgãos de saúde – destacou o outro idealizador do projeto, professor Misael Morais, doutor na área de Processamento da Informação e coordenador geral do Nutes.

O ventilador mecânico é mais uma iniciativa do Nutes no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Antes, os pesquisadores já haviam desenvolvido um protetor facial, cujas doações já ultrapassaram 15 mil unidades em todas as regiões do Estado.

– Os aparelhos têm que ser aprovados agora. Ele passará por uma série de mudanças para atender os critérios da Anvisa. Creio que em torno de duas semanas teremos um resultado – explicou.
O modelo de equipamento envolve uma interface do usuário que possibilita a manipulação de diferentes variáveis utilizadas no tratamento por parte do profissional na UTI.

A iniciativa surgiu diante da necessidade do uso do equipamento em hospitais que tratam de pacientes da Covid-19 e da dificuldade de aquisição por parte dos órgãos de saúde em virtude da pandemia, do alto valor de aquisição, bem como da demanda necessária. O primeiro desafio foi encontrar uma solução que apresentasse baixo custo e fosse capaz de ser multiplicada com facilidade. Outra questão que precisou ser superada foi encontrar materiais necessários com o comércio local fechado devido a quarentena.

O idealizador do projeto , pesquisador do Nutes, Widson Gomes de Melo disse que o Nutes partiu da ideia que precisava produzir um equipamento que não dependesse de compras externas e componentes difíceis de encontrar no mercado.

Desde que a Covid 19 se espalhou na Paraíba, sendo tratada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como pandemia, o Nutes passou a utilizar a sua tecnologia para desenvolver equipamentos de combate ao vírus. O primeiro deles foi um protetor facial que está sendo produzido para a distribuição gratuita aos profissionais da área de saúde que trabalham em hospitais diretamente com pacientes que apresentam sintomas da Covid-19. A iniciativa do Laboratório de Tecnologia 3D (LT3D) tem o objetivo de colaborar com os órgãos de saúde neste momento em que todo o mundo está na luta contra o novo coronavírus.

O protetor facial, desenvolvido pelo engenheiro Rodolfo Castelo Branco, coordenador técnico, e Yasmine Martins, coordenadora do LT3D, está sendo usado para a proteção das máscaras, principalmente a N95. “Com esse protetor, os profissionais de saúde poderão usar as máscaras N95 por mais tempo na luta contra a Covid-19, pois vai funcionar como um protetor destas máscaras, que já começam a faltar no mercado”, destacou Yasmyne.

O grupo conseguiu agregar a participação de pessoas com impressoras 3D à disposição e dispostas a ajudar. “Passamos o arquivo de impressão e essas pessoas estão imprimindo o equipamento em Princesa Isabel, Patos, João Pessoa e aqui em Campina Grande”, disse o professor Misael Morais. O custo de cada uma das máscaras é de R$ 6 e elas são entregues gratuitamente aos profissionais de saúde. O insumos para a produção estão sendo custeados através de doações.

O professor Misael explicou que a produção poderia ter grande impulso, mas para isso seriam necessárias máquinas injetoras. Para isso, seria necessário a ajuda do empresariado. O professor explicou que as pessoas têm colaborado. Ele cita como exemplo o material para confeccionar o molde. Ele tem custo estimado de R$ 20 mil. “Um empresário tinha este material e não quis receber nada. Fez doação. Também ofereceu o insumo (polipropileno) para fabricação das peças”, disse.

O Nutes já entregou quase mil protetores faciais a profissionais de saúde da Paraíba que trabalham diretamente no enfrentamento à Covid-19.

SL
PB Agora

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