Trauma de João Pessoa registra aumento nos casos de afogamento e faz alerta

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O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, unidade do Governo da Paraíba em João Pessoa, tem registrado aumento nos casos de afogamento, neste mês de agosto. O Trauma-JP é referência no tratamento das vítimas e alerta para a prevenção desse tipo de acidente.

Segundo o diretor-geral da unidade, Laecio Bragante, o Hospital possui uma estrutura completa para atendimento. “Desde a realização de exames rápidos até a execução de procedimentos de urgência para pacientes em estado grave, que necessitam de cuidados intensivos na UTI. Além disso, contamos com uma equipe de especialistas e profissionais altamente capacitados, prontos para oferecer o melhor atendimento”, destacou.

Prevenção – A unidade de saúde alerta os pais e responsáveis sobre a importância de redobrar a vigilância para evitar afogamentos, que afetam tanto crianças quanto adultos. De 1º de janeiro a 12 de agosto deste ano, o hospital atendeu 27 vítimas, sendo 11 delas crianças e adolescentes.

O coordenador da Pediatria, Roberto Leitão, destacou que a incidência de afogamentos tende a aumentar durante os meses de férias e traçou um perfil das vítimas dessas ocorrências.

“Crianças de até dois anos podem se afogar em um banho simples, pois nessa faixa etária não é necessário um grande volume de água para causar o acidente. Para crianças a partir dos quatro anos, os perigos se elevam em ambientes como tanques ou piscinas residenciais, onde um momento de descuido pode levar a um afogamento. Entre adolescentes e adultos, os acidentes são mais comuns no mar, especialmente em condições de agitação, e podem ser agravados pelo consumo de bebidas ou substâncias que comprometam a consciência e a percepção de perigo”, alertou.

Para Roberto Leitão, o tempo de submersão e a eficiência do atendimento de emergência desempenham papéis vitais na recuperação e na redução de sequelas a longo prazo.

“A gravidade do afogamento é diretamente influenciada pelo tempo de submersão da vítima. Quando uma criança permanece submersa por 20 minutos, o risco de complicações graves aumenta significativamente, e mesmo com sobrevivência, podem ocorrer sérios comprometimentos neurológicos. Portanto, a rapidez no resgate é crucial para minimizar danos pulmonares e neurológicos. Após um afogamento, a criança pode apresentar insuficiência respiratória, necessitar de intubação e suporte na UTI. Com um tratamento adequado e sem complicações infecciosas subsequentes, a extubação pode ocorrer nos dias seguintes”, frisou.

Leitão destaca a importância de uma equipe especializada no tratamento e na reabilitação de crianças vítimas de afogamento grave. “Devido à neuroplasticidade das crianças, o acompanhamento por um corpo clínico de excelência é essencial, especialmente nos dias seguintes. Uma equipe multiprofissional, incluindo fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, é fundamental para garantir uma recuperação eficaz e completa dessas vítimas. A abordagem integrada e especializada é crucial para maximizar as chances de reabilitação e recuperação das funções comprometidas”, enfatizou.

Susto – Amanda do Nascimento enfrentou momentos aterrorizantes quando seu filho de 4 anos, Enzo Rafael, foi encontrado inconsciente no fundo da piscina da família. O garoto está internado no Hospital de Trauma, desde o início de agosto, recebendo cuidados intensivos.

Amanda relatou que as manobras de primeiros socorros realizadas pela família foram cruciais para salvar a vida de Enzo. “Toda a família se uniu e fizemos os primeiros socorros, o que possibilitou que ele voltasse a respirar. O Samu chegou rapidamente e o levou para o Hospital de Trauma. Estou convencida de que os primeiros socorros foram fundamentais para salvar a vida dele e evitar sequelas. Foi extremamente difícil vê-lo assim; ele passou quatro dias entubado na UTI. Quando acordou, a primeira coisa que disse foi ‘mamãe, eu te amo’, e isso me emocionou profundamente”, comentou.

“Nunca confie que uma criança está segura perto da piscina sem supervisão, mesmo que ela não tenha demonstrado interesse antes. É essencial manter uma vigilância constante. As crianças não têm noção dos perigos”, alertou a mãe.

PB Agora

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