A Paraíba tem o maior percentual do Nordeste de fumantes diários de tabaco, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgada pelo IBGE. A pesquisa também mostrou que o estado tem a 4ª maior proporção do país de pessoas que dirigem após consumirem álcool. Para falar dos males do tabagismo que entre 2019 e 2020 teve registradas 927 mortes relacionadas, o pneumologista e presidente do Comitê de Tabagismo da Associação Médica da Paraíba (AMPB) e pneumologista da Unimed João Pessoa , Sebastião Costa, alerta sobre os riscos da combinação entre o cigarro e o coronavírus.
A maioria das mortes ocorreu no ano passado (475). A estimativa do órgão é que em 2021 já existam 473.799 fumantes na Paraíba. Ano passado, 1.312 pessoas foram atendidas pelo Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), a maioria mulheres. Em 2019, por sua vez, foram 7.493fumantes recebidos. Lembrando que em 2020, a pandemia reduziu os atendimentos da equipe.
“O vírus da covid tem uma ação especial no pulmão: ele produz uma tempestade de inflamação que dependendo da intensidade, da agressão do vírus, da cepa do vírus, vai comprometer muito a situação respiratória, resultando em entubação, UTI e até a morte.”, disse o pneumologista, destacando que o fumante com enfisema pulmonar já tem o pulmão extremamente debilitado do ponto de vista de oxigenação e ao adquirir a doença, é provável a ida desse paciente para a UTI.
Ele comenta ainda que, porem, o fumante pode não ter enfisema pulmonar instalado, mas em ambos os casos, existe uma alta carga de monóxido de carbono no pulmão. “O monóxido de carbono chega no pulmão que ao invés de ter 100% de oxigênio tem 80% de oxigênio e o resto de monóxido de carbono. É um pulmão pouco oxigenado. Quando o vírus chega, vem com mais violência do que em uma pessoa que não fuma”, finalizou.
Redação
