Categorias: Saúde

Opinião: “Janeiro Branco” é dedicado àquelas pessoas com algum tipo de transtorno psicológico, eu e milhões temos e somos “esquecidos”

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A mídia se cala. A população não sabe, mas é preciso tocar na ferida. Estamos no “Janeiro Branco”, mês dedicado àquelas pessoas que têm algum tipo de transtorno psicológico. Seja ele moderado ou agressivo. Um mês cuja uma campanha convida as pessoas a refletirem sobre a saúde mental.

O objetivo é colocar esse tema em evidência, promovendo a conscientização sobre a importância da prevenção ao adoecimento emocional — algo que gera impactos preocupantes em nossa sociedade. Eu, por exemplo, tenho transtorno bipolar leve. É preciso uma série de cuidados da minha parte para que nada fuja do controle.

Medicação na hora exata, ida a um médico especializado a cada mês, terapia; mas confesso: não é fácil. Mesmo em meu caso, com os ditos “sintomas leves”. Faz-se evidente que já sofri muito, como tantos outros, mas posso afirmar, em relato extremamente pessoal: “É difícil de abrir minha “caixa de pandora” à população, mas sinto-me no dever de fazer tal explanação”.

Importante lembrar que a bipolaridade é, apenas, um só transtorno. Existem diversos, que talvez você o tenha e não saiba. Não é sua culpa, mas do tabu posto sobre o tema. Problemas de saúde mental têm se tornado cada vez mais comuns em todo o mundo.

A ansiedade, por exemplo, atinge mais de 260 milhões de pessoas no mundo. Aliás, o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas. Simplesmente 9,3% da população brasileira.

E os dados não param por aí: a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como ansiedade e depressão. Para piorar, com o isolamento social e a pandemia, os casos vêm aumentando de forma exponencial.

A Pandemia e o aumento dos transtornos mentais

A pandemia vem proporcionando inúmeros danos à sociedade. Uma das graves questões relegadas ao segundo plano corresponde aos transtornos mentais que impactavam a vida das pessoas de forma determinante muito antes, mas que promoverão, pós-Covid-19, um desastre de grandes proporções, como observam os especialistas.

Em geral, pelo mundo afora, quaisquer anormalidades, sofrimentos ou comprometimentos de ordem psicológica e/ou mental são considerados transtornos (ou distúrbios, ou doenças) mentais, fazendo-se, preferencialmente, distinção entre os termos doença mental (no sentido tradicional do termo).

As mudanças impostas pela Covid-19 na forma de se viver futuramente enfrentarão consequências de difícil mitigação, pois envolverão questões psicológicas e sociais ainda não bem conhecidas. O sofrimento causado pela Covid-19 jamais será sanado, faça o que se fizer. As pessoas (as mentes) tentarão retomar aos poucos suas vidas, mas não conseguirão se refazer por completo das dores ou danos gerados.

Então, se você acha que é “perfeito”, saiba que é vulnerável a vários distúrbios psicológicos . O consumo de psicotrópicos, álcool, tabaco e drogas ilícitas vêm batendo recordes a cada ano, numa tentativa de amortizar os conflitos e dores da mente. Sem falar no crescente número de suicídios, não escolhendo a faixa etária da pessoa. A vida está mais acelerada. As cobranças no trabalho, vida social, no lar e por aí vai nunca tiveram tal escala na humanidade.

Por isso, repense seus conceitos. Busque diminuir a “aceleração” das partículas danosas ao cérebro. Vá ao médico. Ouça suas respectivas orientações, afinal, a mente é o que nos rege. Tê-la em “dia” ou buscar ter é fundamental. E você não está só, muito menos precisa se sentir culpado ou envergonhado.

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