Categorias: Saúde

Hemocentro da Paraíba terá maior disponibilidade de plasma a partir de 2012

PUBLICIDADE

O plasma excedente das coletas de sangue feitas pelo Hemocentro da Paraíba passará a ser utilizado em benefício dos próprios paraibanos já a partir de 2012, e não mais doado para a França, como ocorre atualmente. A mudança no procedimento será possível a partir do funcionamento da fábrica que a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) está construindo no município de Goiana/PE. Graças ao novo empreendimento, o plasma excedente será processado no País e devolvido à Hemorrede Nacional com os componentes já dissociados em albumina, imunoglobulina e os fatores sanguíneos 8 e 9.

A Hemobrás é ligada ao Ministério da Saúde e foi criada em 2004 com a finalidade de promover o processamento do plasma utilizado nas bolsas de sangue no País, incluindo o material relacionado ao Hemocentro paraibano, com o qual a empresa mantém contrato. Para atender aos serviços de hemoterapia do País com fornecimento dos componentes do sangue para tratamento de pacientes, a Hemobrás envia, por ano, cerca de 110 mil litros de plasma para processamento no exterior.

O material excedente coletado na Paraíba é enviado à França, onde é processado, mas não é remetido de volta ao Brasil. Esse fato, segundo a diretora geral do Hemocentro, Sandra Sobreira, é prejudicial ao Estado porque os componentes sanguíneos doados à França são essenciais para tratamento de alguns tipos de pacientes com desidratação, baixa imunidade ou portadores de hemofilia, que não possuem a propriedade de coagulação do sangue em seu sistema imunológico.

“Com a instalação da fábrica em Goiana, o plasma excedente da Paraíba não será mais entregue à França, mas processado pela Hemobrás e devolvido a nós, para que utilizemos no tratamento dos nossos pacientes. Além disso, a Hemobrás não vai mais precisar contratar serviços internacionais para atender a demanda nacional, o que significará autossuficiência brasileira no setor de hemoderivados”, explicou Sandra Sobreira.

Ela informou que, por meio do convênio com o Ministério da Saúde, a Hemobrás já entregou e instalou novos equipamentos importantes para a conservação e processamento do plasma na nova fábrica, que deverá começar a funcionar no ano que vem. “Recebemos informações de que já no próximo mês de outubro serão inaugurados os contêineres de armazenamento da fábrica nova”, acrescentou.

 

Qualidade aprovada – Através dos funcionários da gerência de controle de qualidade, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia promove auditorias em toda a Hemorrede Nacional, inclusive na Paraíba, com o objetivo de fiscalizar a qualidade dos serviços. O Hemocentro Coordenador, em João Pessoa, e o Regional, em Campina Grande, mantêm o convênio com a Hemobrás porque atendem aos critérios exigidos para a oferta dos serviços.

Os dois centros já foram auditados no primeiro semestre deste ano e tiveram seus contratos renovados por manterem o controle de qualidade de acordo com as determinações da RDC n° 57/2010, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e da Portaria n° 1353/2011, do Ministério da Saúde.

Processamento do plasma – Para dar uma ideia da importância do plasma, a diretora geral do Hemocentro da Paraíba, Sandra Sobreira, explicou que durante uma doação, o voluntário retira 450 mililitros de seu sangue. O sangue doado é fracionado em concentrado de hemácia, concentrado de plaquetas e plasma. Cada doação é dividida em três ou quatro bolsas de sangue para transfusão. Geralmente, a maior demanda dos pacientes é pelos concentrados de hemácias e plaquetas e, por isso, acabam excedendo as bolsas de plasma.

O plasma é mais utilizado para reidratação de pacientes. “Como a demanda é muito baixa, quase sempre sobra muito plasma. Então enviamos o que sobra para a França”, explicou. Ela observou que atualmente o governo federal está financiando a pesquisa e capacitação de profissionais brasileiros em laboratórios de institutos da França, para que possam desenvolver o serviço no Brasil quando a fábrica da Hemobrás for inaugurada em Pernambuco.

A albumina adquirida do processamento do plasma é utilizada para suprir a carência de proteína de pacientes desidratados. A imunoglobulina é utilizada para aumentar a imunidade, e os fatores sanguíneos 8 e 9 são utilizados no tratamento de pacientes hemofílicos, que precisam desses componentes para sobreviver.

 

Secom PB

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Bolsonaro apresenta crise de soluços e pressão alta após procedimento

O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou nova crise de soluços e elevação da pressão arterial na…

28 de dezembro de 2025

Pilotos e comissários aprovam acordo e não haverá greve na aviação brasileira

Pilotos e comissários de bordo aprovaram o acordo coletivo e não haverá greve na aviação…

28 de dezembro de 2025

Mais de 100 kg de maconha são apreendidos pela Polícia Militar em ponto de venda de drogas na capital

Neste domingo (28), policiais da Força Tática do 5º Batalhão da Polícia Militar apreenderam uma…

28 de dezembro de 2025

Semana inicia com mais de 300 vagas de emprego em nove municípios paraibanos

O Sistema Nacional de Emprego da Paraíba (Sine-PB) está ofertando, a partir desta segunda-feira (29),…

28 de dezembro de 2025

STF mantém prisões de oito condenados pela trama golpista após audiência de custódia

As prisões domiciliares de oito condenados pela trama golpista foram mantidas neste sábado (27) após audiência…

28 de dezembro de 2025

Bolsonaro volta a centro cirúrgico para tratamento de soluços, diz Michelle

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro postou neste sábado (27) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou…

28 de dezembro de 2025