A Paraíba o tempo todo  |

Fórum quer agilizar diagnóstico de tuberculose

Começou nesta quinta-feira (30) em João Pessoa, o I Fórum Estadual do
Diagnóstico Bacteriológico da Tuberculose para profissionais da rede do
Sistema Único de Saúde ou rede SUS. O evento – que prossegue nesta
sexta-feira (31), no Hotel Xênius, no bairro do Cabo Branco – tem como
principal objetivo traçar metas e ações para agilizar o diagnóstico da
doença na Paraíba, fazendo com que o resultado do exame saia em 24 horas,
como determina o Ministério da Saúde (MS).

De acordo com dados do Sistema Nacional de Agravos e Notificações (Sinam),
no ano passado a Paraíba notificou 1.069 novos casos de tuberculose. No
primeiro trimestre de 2009 foram 283 novos casos.

*Antecipando o resultado* – Cerca de 150 profissionais das 12 Gerências
Regionais de Saúde do Estado que trabalham com o diagnóstico da tuberculose
estão participando do evento. “Além dos profissionais dos laboratórios da
rede SUS, nós convidamos também os profissionais dos laboratórios
particulares, para que possamos padronizar esse serviço”, explicou Dinalva
Soares de Lima, do Setor de Microbactérias do Laboratório Central do Estado
(Lacen).

Normalmente, o exame é entregue em três dias. Dinalva disse que o Hospital
Clementino Fraga, referência no Estado para tratamento da tuberculose, dá o
resultado do exame de baciloscopia do escarro no mesmo dia, ou seja,
antecipando a determinação do Ministério da Saúde que é de 24 horas. “Com
esse evento, a nossa intenção é que isso se repita em todos os laboratórios
da rede SUS na Paraíba”, completou.

*Temas* – Os participantes do fórum estão debatendo diversos outros temas,
como a situação epidemiológica e a política de controle da tuberculose no
Brasil, a prevalência da doença entre os pobres, o diagnóstico
bacteriológico da tuberculose, controle de qualidade de baciloscopia nos
municípios do Projeto Fundo Global; Cultura e Teste de Sensibilidade; Rede
Nacional de Laboratório da Tuberculose; Impacto da Infecção pelo HIV nas
Ações de Controle da Tuberculose, dentre outros assuntos.

*Destaque* – A Paraíba é um dos poucos Estados do Brasil que tem se
destacado nas ações de combate e prevenção da tuberculose, segundo avaliação
do Ministério da Saúde. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (30), pelo
pneumologista e pesquisador do Instituto Clemente Ferreira, em São Paulo,
Fernando Antônio Fiúza de Melo, que participa do evento.

Ele destacou que entre as ações realizadas pela Paraíba está o serviço do
Tratamento Supervisionado, que consiste em um profissional de saúde
acompanhar de perto a medicação tomada pelo paciente no tratamento da
tuberculose. “No tratamento supervisionado, a pessoa acometida da doença
vai tomar a medicação na frente do profissional de saúde”, explicou.

*Avanço* – A partir desse programa o índice de abandono do tratamento por
parte do paciente tem reduzido significativamente na Paraíba e isso é mais
um avanço que o Estado está conseguindo. De acordo com Fernando Antônio
Fiúza de Melo, esse índice deve ficar abaixo de 5% no Brasil e na Paraíba,
segundo Geisa Campos, chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da Secretaria de
Saúde do Estado (SES), gira em torno de 7%.

*Controle* – Uma outra ação que a Paraíba vem realizando com o objetivo de
controlar a tuberculose é o Inquérito Nacional de Resistência às drogas
usadas no tratamento da doença. De acordo com Geisa Campos, o Estado tem um
bom programa de controle da tuberculose “e isso nos credencia a participar
dessa pesquisa que vai apontar o grau de resistência da bactéria aos
medicamentos utilizados no tratamento da doença”, completou.

A partir do resultado da pesquisa e, dependendo do grau de
resistência, poderão ser utilizadas outras formas de tratamento com o uso de
drogas mais ‘pesadas’ e mais tóxicas, ou seja, uma medicação de segunda
linha conforme explicou médico epidemiologista José Ueleses Braga,
pesquisador do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, no Rio de Janeiro
e que também está participando do fórum.

 

 

Assessoria

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe