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Exame reprova 68% de formando em medicina que fizeram prova

Dos 533 alunos de medicina de São Paulo que prestaram o exame do Conselho Regional de Medicina, não obrigatório, apenas 85 foram aprovados. Essa foi a maior reprovação desde que a avaliação foi criada, em 2005.

Na primeira etapa, 43% foram reprovados. Na segunda, foram 68% que não passaram, segundo dados divulgados nesta quinta-feira.

O Cremesp ainda estuda se a prova pode ser considerada mais difícil que a de anos anteriores, se o perfil dos alunos inscritos mudou ou se houve realmente uma piora, já que, em anos anteriores, a aprovação na segunda fase do exame era de pelo menos 90%.

“Estamos cautelosos porque não temos o universo de formandos sendo avaliados. Mas, de qualquer forma, podemos dizer que o quadro está ruim, a formação deixa a desejar”, diz o médico Bráulio Luna Filho, coordenador do exame.

Exames – Na primeira fase do exame, são feitas 120 questões objetivas sobre várias áreas da medicina. Na segunda fase, há uma simulação de atendimento médico, com filmes, exames e imagens, e o aluno tem que identificar o problema, fazer um diagnóstico e tomar uma providência a partir do caso apresentado.

O Cremesp diz que avalia apenas o mínimo esperado de um estudante de medicina. Entre as questões com maior número de erros, há algumas relacionadas ao diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas, sífilis e tuberculose.

Nas duas fases, a clínica médica esteve entre os piores desempenhos. “Clínica médica é fundamental para qualquer médico, porque trata de todo o indivíduo. E todo médico tem que ter noções mínimas, que é o que cobramos”, diz o vice-presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior.

Reivindicação – O conselho reivindica a criação de um exame nacional unificado em todas as universidades, para medir a qualidades das instituições de ensino e, de forma obrigatória, habilitar ou não um estudante para o exercício da profissão, como já ocorre com advogados. Ele considera o Enade insuficiente para avaliar as escolas de medicina do país.

“Não é possível que um indivíduo exerça a medicina sem estar qualificado, só porque pagou ou fez seis anos”, disse Bráulio.

Para ele, um dos fatores para o aumento de denúncias contra médicos _ que hoje giram em torno de 4.500 ao ano_ é a má qualificação dos médicos, desde a formação técnica até o comportamento profissional.

Folha Online
 

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