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Crise na saúde de Campina Grande: hospitais ameçam paralisar atividades

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 A crise financeira afetou dois importantes hospitais de Campina Grande que atendem aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital Pedro I e o Antônio Targino começaram 2013 com muita dificuldade para garantir um bom atendimento a seus pacientes. O Pedro I corre o risco de fechar as suas portas e outros hospitais conveniados ao SUS também podem paralisar as suas atividades.

No Hospital Antônio Targino a crise preocupa. As cirurgias de transplante de rim foram suspensas há uma semana no Hospital, porque a distribuição dos medicamentos para evitar a rejeição do órgão ainda não foi regularizada pelo 3º Núcleo Regional de Saúde do Estado.

 

Esta é a segunda vez este ano que o hospital deixa de atender os mais de 300 pacientes da fila de espera de cirurgia renal. Por ano são realizados em média dez transplantes, mas segundo o diretor do hospital, José Targino, esse número poderia triplicar se a medicação fosse distribuída regularmente.

 

O diretor do hospital José Targino disse que entrou em contato com a superintendência do 3º Núcleo, que garantiu resolver o impasse o mais rápido possível. O superintendente do 3º Núcleo de Saúde, Jairo Sales, não foi encontrado para falar da crise.

José Targino também disse que os médicos ortopedistas e traumatologistas também estavam ameaçando suspender os serviços devido a falta de pagamento dos serviços efetuados. “A verba do SUS é muito pequena e não cobre a demanda” disse. De acordo com o diretor, o Antônio Targino a dívida somente no Antônio Targino, chega a R$ 1,5 milhão. Os recursos segundo ele, teriam sido liberados mais a atual secretaria de Saúde não repassou para o Hospital por não reconhecer o débito. No total, o débito com todos os hospitais da rede privada ultrapassa os R$ 6 milhões.

 

De acordo com o José Targino que também é presidente do sindicato dos estabelecimentos de serviços de saúde do estado da Paraíba- Regional Campina Grande – , os hospitais particulares que têm convênio com o SUS em Campina Grande não descartam suspender o atendimento pelo SUS. Ele revelou que vai suspender as cirurgias pelo Sistema Único de Saúde. O sindicato abrange os hospitais Antônio Targino, João XXIII, Clipsi, Santa Clara, Clínica Dr Maia, Hospital da Fap e Pedro I.

 

Conforme o diretor do sindicato, José Targino, os médicos que realizam os transplantes de fígado anunciaram a paralisação para a próxima semana dos serviços, devido à inadimplência, o que vai gerar uma fila de espera de quase 300 pacientes que estão na fila para fazer transplante de rim, em Campina Grande.
A solução encontrada pelo sindicato é acionar o Ministério Público do Estado, buscando um entendimento entre a secretária de Saúde e os hospitais.

 

No Pedro I a situação não é diferente. O diretor geral do Hospital Joanilson Marinho Silva, explicou que a unidade hospitalar atualmente passa por dificuldades financeiras devido a baixa remuneração do Sistema Único de Saúde(SUS) pago ao hospital. Segundo ele, 90% dos leitos são reservados a pacientes advindos do sistema público de saúde.

 

Segundo Joanilson, 50% dos recursos advindo do SUS são usados para custear as despesas do Pedro I e o valor seria insuficiente pra contratar uma equipe médica.O hospital conta com 150 leitos, mas atualmente 40 estão funcionando plenamente, além de que há um dívida de R$ 8 milhões que será paga nos próximos oito anos. ” Para manter o hospital funcionando gastamos aproximadamente R$ 600 mil mensais para um rendimento de R$ 450 mil. Estamos com duas folhas atrasadas, temos promessas de recursos, mas a burocracia de certa forma tem atrapalhado o nosso trabalho. Enquanto há hospitais em que as pessoas estão em macas nos corredores o Pedro I está com vagas ociosas – explicou Silva.

 

O diretor se diz confiante na promessa de recursos feita pelo prefeito Romero Rodrigues, mas que a burocracia impede que a situação seja revertida o mais rápido possível. ” O fechamento do hospital só ocorrerá caso nos abandonem. De certa forma os nossos esforços têm sido muito grandes” disse o diretor.

 

 

PB Agora

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