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Fenômeno impede as pessoas de dormirem na pandemia

Depression and insomnia- young woman sitting on bed

A pandemia de coronavírus teve um efeito profundo na rotina das pessoas e tornou mais difícil dormir para muitas pessoas — a tal ponto que especialistas criaram até um termo para isso em inglês: coronasomnia. Em português seria algo como “corona-insônia” ou “covid-insônia”. Vendo essa realidade o neurologista paraibano Ronaldo Bezerra, alerta que não são todos os antialérgicos que causam sonolência, apenas aqueles mais antigos, como a Prometazina (antialérgico e Dramim ( para náuseas).

“O uso contínuo de antialérgico leva a ressecamento de mucosas. No caso a sonolência é por efeito colateral. A medicação pra insônia só é pra ser usada após terapia cognitiva-comportamental para insônia”, comentou Ronaldo Bezerra. O neurologista observa que o melhor é fazer a chamada higiene do sono, através de atitudes como ter um horário para dormir, evitar ver televisão no quarto, usar o quarto pra dormir, isto é ler e estudar em outro ambiente. Além disso, deve-se evitar estimulantes como café, coca-cola, guaraná e alguns tipos de chás após às 18h.

A atividade física e uma boa alimentação também ajudam a melhorar o problema. O médico afirma que a medicação específica pra insônia precisa ser indicada pelo profissional de saúde. “As medicações para insônia têm que se ter um diagnóstico prévio, excluir diagnóstico de origem psiquiátrica ou algum transtorno do sono (doença do sono que são várias). Por isso a consulta ao psiquiatra e neurologista é indicada”, disse o neurologista.

Entenda – É um fenômeno que atinge pessoas no mundo todo: insônia associada ao aumento do estresse por causa da pandemia de covid-19. No Reino Unido, um estudo de agosto de 2020 da Universidade de Southampton mostrou que o número de pessoas com insônia aumentou de uma em seis para uma em quatro, com mais problemas em alguns grupos, incluindo mães e trabalhadores essenciais.

Na China, as taxas de insônia aumentaram de 14,6% para 20% durante o período de isolamento social. Uma “prevalência alarmante” de insônia clínica foi observada na Itália. Na Grécia, quase 40% dos entrevistados em um estudo de maio disseram estar sofrendo problemas para dormir. A palavra “insônia” foi mais pesquisada no Google em 2020 do que nos anos anteriores.

Entramos no segundo ano de pandemia, e meses de distanciamento social abalaram rotinas diárias, apagaram os limites da vida profissional e trouxeram incertezas para a vida de todos. Isso tudo trouxe consequências desastrosas para o sono, e a saúde e a produtividade podem enfrentar sérios problemas por causa disso.

Redação

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